Filomena Morais
Filomena Morais
17 Jan, 2017 - 07:12

Câmara do Porto quer ecopista na ponte Maria Pia

Filomena Morais

A Câmara Municipal do Porto (CMP) pretende avançar com uma ecopista na ponte D. Maria Pia. O estudo prévio estará concluído já na Primavera.

Câmara do Porto quer ecopista na ponte Maria Pia

O estudo que analisa a possibilidade de construção de uma ecopista na ponte D. Maria Pia está já a ser realizado pela Direção Municipal de Urbanismo da CMP. A ecopista fará a ligação entre Vila Nova de Gaia e a Estação de Campanhã e implicará a reabilitação do troço Campanhã-Alfândega e também uma ligação entre Campanhã e o Parque Oriental.

D. Maria Pia: ecopista dará nova vida à ponte

A ponte D. Maria Pia foi inaugurada em 1877 e desativada em 1991. Em 2004, houve já uma primeira ideia para a criação de uma ecopista, mas o projeto não chegou a avançar. Agora, a CMP em parceria com o município de Gaia pretendem concretizar finalmente esta ideia.

O estudo prévio ficará pronto na Primavera deste ano, e abrange um pedido de concessão de utilização à Infraestruturas de Portugal, proprietária da ponte. Além disso, será também necessária uma aprovação por parte da Direção Geral do Património Cultural, uma vez que a ponte está classificada como monumento nacional desde 1982.

Os responsáveis pelas autarquias envolvidas no projeto estão otimistas quando à sua concretização, até porque a intervenção necessária na ponte para a construção da ecopista é mínima e sem impacto a nível da estrutura do monumento.

Está prevista a edificação de um tabuleiro de madeira sobre o existente, com proteções laterais para que as pessoas não passem. Haverá também uma proteção em vidro, que constituirá uma estrutura praticamente invisível que não altere visualmente a ponte.

Segundo o projeto, a ecopista fará também a ligação à Alfândega e ao Parque Oriental. Os acessos pedonais, alguns usados já por residentes, serão recuperados para que possam passar a fazer parte do sistema de mobilidade da cidade. Deste modo, sai a ganhar não só o turismo como os próprios habitantes da cidade.

O orçamento do projeto situa-se nos 5,5 milhões de euros, em que uma grande fatia está destinada aos meios mecânicos que serão necessários para unir os vários desníveis nos acessos entre a Alfândega, Campanhã e a Ponte. Deste modo, conseguir-se-á atingir o objetivo principal da Área de Reabilitação Urbana de Campanhã de promover a mobilidade nesta zona da cidade.

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