Clara Henriques
Clara Henriques
14 Abr, 2016 - 11:00

A crise financeira passou? Se calhar não…

Clara Henriques

O FMI alerta para a possibilidade de uma nova crise financeira e deixa recados à Europa. Estaremos à beira de mais um colapso?

A crise financeira passou? Se calhar não...

O FMI acaba de divulgar um estudo sobre as tendências macroeconómicas globais que não se mostra nada animador para o panorama económico mundial.

Segundo o Fundo Monetário Internacional, o mundo pode estar mesmo perto de sofrer uma nova crise financeira, de proporções consideráveis. 

Em suma, o estudo revela que se houver uma nova ruptura nos mercados, “cerca de 4 por cento da riqueza mundial poderá desaparecer no prazo máximo de 5 anos”.

Se esta crise financeira se consumar, a destruição pode ser imensa para as economias. Na apresentação do Relatório sobre a Estabilidade Financeira Global esta primavera, José Viñals, o conselheiro financeiro principal do FMI revelou que “muito está em jogo. São necessárias medidas adicionais para uma combinação de políticas mais equilibradas e potentes. Caso contrário, a turbulência dos mercados pode reaparecer e intensificar-se, o que poderia criar um ricochete pernicioso com confiança frágil, crescimento fraco e condições financeiras mais restritivas e um aumento dos encargos da dívida”.

Sabe-se também, segundo o relatório, que o pior que poderia acontecer neste momento seria uma estagnação económica e financeira, sendo que o grande problema que assola, atualmente, a economia mundial são as situações em que muitos dos bancos se encontram. “Os bancos dos países mais desenvolvidos são agora consideravelmente mais seguros. No entanto, ficaram sob pressões de mercado significativas no início do ano, já que as prespetivas económicas enfraqueceram e tornaram-se mais incertas”.

O representante do FMI revela ainda que os mercados continuam muito turbulentos e deixa uma nota à Europa: “A Europa deve completar a união bancária e estabelecer um sistema de garantia de depósitos comum”. Isto se quiser evitar uma nova crise financeira.

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