Hugo Moreira
Hugo Moreira
15 Fev, 2011 - 00:00

DECO: Telecomunicações a liderar nas queixas

Hugo Moreira

Apesar de terem diminuído em 10 mil os contactos à DECO, mesmo assim registou perto de 370 mil contactos e as telecomunicações continuam no topo da lista das reclamações.

DECO: Telecomunicações a liderar nas queixas

Segundo informações da DECO foram 369.767 os contactos efectuados à Associação no sentido de procurar saber “informações acerca dos seus direitos ou solicitando a intervenção da associação para a resolução de litígios”.

Os sectores que mais reclamações geraram foram as telecomunicações, compra e venda de bens, banca e serviços de interesse geral.

Quanto às telecomunicações, é a velocidade de Internet que mais gera a reclamação do cliente, seguida de problemas de assistência técnica, falta de qualidade e os períodos de fidelização, além dos serviços de toques e jogos para telemóveis.

Nesta temática, a DECO exige mais controlo por parte da ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações; defende a criação de um “regulamento de qualidade de serviço para a internet” e melhores práticas às empresas fornecedoras de serviços de telecomunicações.

No que respeita à banca, as queixas estão relacionadas com a falta de informação no crédito ao consumo, o aumento do spread no crédito habitação e as práticas na amortização antecipada no crédito ao consumo e crédito à habitação. Neste campo a DECO defende que deveria existir um maior controlo e intervenção por parte do Banco de Portugal.

Em relação ao sector da compra e venda, destaca-se a dificuldade sentida na altura de accionar a garantia e ainda as técnicas de vendas agressivas nas vendas de cartões de férias ou cartões de saúde, colchões, etc.

Finalmente, os sectores dos serviços, geram reclamações principalmente no que toca à facturação de serviços como a àgua, luz ou gás. Os consumidores queixam-se das inúmeras designações para as taxas apresentadas em factura.

A DECO reconhece que os consumidores estão cada vez mais bem informados e esclarecidos, mas assim mesmo “continuam a ser confrontados com o mesmo tipo de problemas”.