Mark Zuckerberg e companhia continuam a tentar implementar medidas que reforcem a privacidade dos utilizadores daquela que (ainda) é a rede social mais utilizada em todo o mundo. O Facebook vai permitir apagar histórico na rede social, de forma a que os dados de todos se mantenham o mais seguros possível – razão pela qual vai introduzir mais uma funcionalidade até ao final do ano.
Apague todos os dados de navegação do Facebook
A novidade foi apresentada por David Wehner, CFO (Chief Financial Officer) do Facebook. A plataforma vai agora disponibilizar uma nova função que, de resto, em muito se assemelha ao histórico de qualquer browser. Ora, da mesma forma que pode apagar todo o histórico do Chrome, Safari ou Firefox, também no Facebook isso será possível.
E não só… Para além do histórico de pesquisa, também os dados de navegação poderão ser apagados, o que, de facto, é uma grande mais-valia em termos da manutenção da privacidade de um utilizador nesta rede social. Desta forma, tudo aquilo que alguma vez visitou, as páginas de que gostou, as publicações nas quais fez um like… Todos esses registos vão desaparecer se decidir limpá-los de forma permanente.
A apresentação desta nova funcionalidade foi feita na conferência F8, em 2018, onde Zuckerberg confirmou um reforço da segurança dos utilizadores – numa era em que parece cada vez mais fácil aceder aos dados privados de alguém na Internet.
O histórico do Facebook poderá então ser apagado de forma muito simples, tal como acontece quando limpa todos os registos de um browser. Para além de todos os registos já descritos, vai também ser possível impedir que outros sites e apps tenham acesso aos seus dados.
Explicando por outras palavras: sabe quando faz login noutras apps, sites ou serviços com a conta do Facebook? Com a nova função da rede social, vai também poder apagar todas as permissões dadas até aí, impedindo que esses serviços voltem a fazer login com as suas credenciais do Facebook.
Reforço de privacidade no Facebook
Após os escândalo que envolveu a rede social e a Cambridge Analytica, a quem o Facebook vendeu dados pessoais de utilizadores, foi enorme a onda de consternação criada em torno da situação. De igual forma, foram várias as pessoas que apagaram a conta da rede social, nunca mais a utilizando.
Deste então que a empresa americana tem feito de tudo para voltar a ganhar a confiança dos seus utilizadores (antigos e atuais), implementando uma série de medidas que vêm reforçar a privacidade das pessoas, assim como ajudá-las a manter em segurança as suas informações.
As principais recaem sobre as permissões dadas às aplicações que utilizam a conta do Facebook para criar uma outra conta (nessas mesmas apps). Essas permissões, bem como as próprias apps, foram revistas pela rede social de forma a impedir que alguma utilizasse dados de utilizadores indevidamente – e sem permissão.
Outra das medidas recaiu sobre a desativação de aplicações que não utilizasse há, pelo menos, três meses. Entre essas apps podiam encontrar-se, até, jogos que jogava no Facebook. Desde que os seus dados fossem cruzados entre ambos os serviços, era o suficiente para a desativação entrar em curso.
Para além das medidas implementadas sobre as aplicações, também outras intervenções foram feitas, nomeadamente na aplicação Messenger – plataforma através da qual pode falar com os seus amigos do Facebook. Esta nova medida recai, principalmente, sobre as conversas (individuais ou de grupo).
Agora, se enviar uma mensagem para uma qualquer conversa da qual se arrependeu imediatamente, pode “resgatar” a mesma se a(s) outra(s) pessoa(s) não tiver visto a mesma. No total, tem até 10 minutos para o fazer e, dessa forma, os (ou os) destinatário(s) não vai/vão poder ler a mensagem que enviou.