Hugo Moreira
Hugo Moreira
16 Dez, 2011 - 00:00

Fim da fuga das poupanças

Hugo Moreira

Recorde-se que no inicio de 2011, só 88 cêntimos por cada 100 euros de depósitos, estavam protegidos pelo fundo de garantia. Desde ontem, ficou estipulado que os depósitos bancários estão garantidos até um limite máximo de 100 mil euros por cada depositante e por cada instituição de crédito, reforçando assim a confiança dos depositantes.

Fim da fuga das poupanças

Com esta alteração dos depósitos bancários estarem garantidos até um limite máximo de 100 mil euros por cada depositante e por cada instituição de crédito, o Governo transfere para a lei nacional, a directiva europeia de 2009 que veio estabelecer o limite da garantia dos depósitos a vigorar nos Estados-Membros da UE para 100 mil euros, a partir de 31 de Dezembro de 2010. 

Ficando este limite definido como permanente, pretende-se reforçar a confiança dos depositantes e travar a fuga de poupanças, tendo em conta a crise europeia e a possibilidade do colapso da zona euro e a instabilidade do sistema bancário europeu.

Ressalve-se que o limite máximo garantido é de  100 mil euros por depositante e por instituição, independentemente do número e modalidade de depósitos, seja, poupança-habitação, depósitos a prazo, reforma, etc.

Este montante máximo é accionado quando a instituição fica indisponível para proceder ao reembolso dos depósitos dos seus clientes. Depois de accionado, o Fundo reembolsa uma parcela até 10 mil euros de todos os depósitos abrangidos, no prazo máximo de sete dias. O valor restante é reembolsado num prazo de 20 dias úteis.

Numa altura em que os bancos procuram reduzir a diferença entre o crédito e os depósitos, a captação das poupanças dos portugueses é uma prioridade. Com esta alteração, certamente, os investidores sentem-se mais confiantes, o que também é bom para os bancos.