Ekonomista
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27 Nov, 2019 - 17:48

Idade de reforma em Portugal vai continuar a ser uma das mais altas

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Estudo da OCDE, divulgado esta quarta-feira, revela que a idade da reforma deverá aumentar em 2,6 anos para quem começar agora a trabalhar.

casal reformado

Portugal é um dos países onde a OCDE estima que a idade de acesso à reforma mais vai aumentar. A conclusão é do Pensions at a Glance 2019, um estudo sobre pensões divulgado nesta quarta-feira, dia 27 de novembro, pela OCDE.

A idade média de acesso à pensão entre os que estão a reformar-se e a iniciar agora a vida ativa deverá aumentar 2,6 anos em Portugal, passando dos 65,2 para os 67,8 anos prevê a OCDE.

A referida subida assume a entrada na vida ativa aos 22 anos e coloca Portugal na oitava posição da lista de países onde se espera que a idade de acesso à pensão para quem está agora a começar a vida ativa mais avance. Portugal permanecerá, assim, no grupo de países da OCDE com a idade de reforma mais alta.

No topo da tabela surge a Dinamarca, onde se prevê um acréscimo de 9 anos (dos 65 atuais para 74), seguido de Itália (de 67 para 71,3 anos), da Holanda (de 65,8 para 71,3 anos) ou da Estónia (de 63,3 para 71 anos).

Ainda assim, nem tudo são más notícias. O estudo aponta também que Portugal é dos poucos países onde a taxa de substituição se vai manter estável.

Aliás, Portugal está entre os 10% de países onde a taxa de substituição (a diferença entre o último salário e a primeira pensão) se vai manter estável quando comparada entre os que estão agora a reformar-se e os que nasceram na década de 1990. Em 60% dos países, a taxa de substituição deverá baixar.

Recorde-se que, em Portugal, a taxa de substituição das pensões para as carreiras contributivas completas ronda os 90%, sendo das mais elevadas entre os países analisados, e bem acima da média de 59% da OCDE.

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