Hugo Moreira
Hugo Moreira
14 Fev, 2011 - 00:00

Low-Cost…Agora nas casas

Hugo Moreira

Casas a cairem de podres a preços altissimos e outras remodeladas a preços exorbitantes afastam qualquer um que procure arrendar ou comprar casa no centro do Porto. Exactamente para contrariar esta realidade muitos prédios da baixa vão ser recuperados mas a preços realistas!

Low-Cost...Agora nas casas

O Plano B, uma empresa nascida em 2006  vai dar início ao seu projecto “Casas Low Cost”, um projecto que ambiciona dar um novo impulso à reabilitação da baixa do Porto. O Plano B afirma-se como um espaço multidisciplinar, pretendendo avançar para a reabilitação arquitectónica do centro da cidade, conferindo-lhe assim uma nova dinâmica.

Com a crise a bater à porta, as habitações em péssimas condições e a preços pouco realistas, esta empresa decidiu apostar no trabalho com marcas portuguesas, arquitectos e designers em início de carreira, estabelecer parcerias e na sensibilização dos investidores e proprietários, que tenham bom senso.

A título de exemplo, deixamos aqui uma das ofertas em mente dos arquitectos deste projecto: apartamentos T0 e T1, por 300€ por mês, mobilados, equipados e com água e luz incluídas.

Segundo Filipe Teixeira, arquitecto e proprietário do Plano B, o “Porto é uma cidade low cost: é mais barato comer e sair à noite… Mas quando alguns artistas estrangeiros e amigos nos começaram a pedir para encontrar casas na baixa, vimos que a oferta era ridícula: as casas degradadas eram caras e as que estavam recuperadas tinham preços exorbitantes”.

Uma vez que o objectivo é recuperar “prédios inteiros”, 90% será destinado ao arrendamento. Os restantes serão para quem procura comprar casa e aqui o projecto disponibiliza duas vertentes: “Do It Yourself” e assim os proprietários participam do restauro; ou então, “Ready made”, que será para vender o apartamento já mobilado e decorado por um designer.

A verdade é que a oferta está desencontrada da procura, já que não há público para o mercado de luxo que começa já a ficar saturado, segundo Filipe Teixeira.

Numa fase inicial esta equipa terá que desenvolver um “trabalho cirúrgico” de descobrir prédios que até sejam recupráveis a preços realistas.