Júlia de Sousa
Júlia de Sousa
05 Jul, 2016 - 08:59

Estudo garante que as mulheres trabalham mais

Júlia de Sousa

O estudo do Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego revela que as mulheres trabalham mais do que os homens.

Estudo garante que as mulheres trabalham mais

As mulheres trabalham mais do que os homens.

Esta é a conclusão de um estudo realizado pela Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CISE), naquele que foi o primeiro Inquérito Nacional aos Usos do Tempo de Homens e de Mulheres.

O estudo contou com a participação de 10.146 habitantes portugueses e concluiu que as mulheres trabalham, em média, mais duas horas por dia do que os homens, a desempenhar tarefas domésticas ou a cuidar de alguém da família.

As conclusões do estudo apontam para a existência de desigualdades domésticas baseadas no género. O estudo conclui que “as famílias constituem, ainda, espaços de desigualdade”.

No que ao trabalho não remunerado (doméstico) diz respeito, os dados do estudo avançam que as mulheres portuguesas passam, em média, 3h06 em tarefas domésticas e outras 3h06 a prestar cuidados a crianças ou outros membros da família, sendo que o trabalho remunerado consome cerca de 6h12 do dia de uma mulher.

Números um pouco acima da média masculina, cujo tempo dedicado aos trabalhos domésticos e à assistência à família, ocupa apenas uma média de 04h08. Diz o estudo que os homens dedicam 1h54 a tarefas domésticas diariamente e 2h14 à prestação de cuidados a crianças ou outros elementos da família.

No total, a disparidade de horas de trabalho ronda uma média de 2h04 a mais para as mulheres.

Apesar das diferenças, 71% das mulheres inquiridas diz que a parte das tarefas domésticas que lhe compete é justa. Já entre os homens, 75.6% diz que a repartição de tarefas entre os dois é justa. No entanto, 20% dos homens inquiridos diz que a repartição de tarefas domésticas não é justa.

O estudo vai ainda mais longe e revela que quando o assunto é tempo livre e lazer, 39,4% das mulheres subscreveu a afirmação “Na minha vida do dia-a-dia, raramente tenho tempo para fazer as coisas de que realmente gosto”. Já entre os homens apenas 30,2% dos homens afirmaram o mesmo. 

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