Júlia de Sousa
Júlia de Sousa
19 Ago, 2016 - 09:00

Estudo: pessoas inteligentes são mais preguiçosas

Júlia de Sousa

Sim, a preguiça pode ser sinal de inteligência segundo um estudo da Universidade Florida Gulf Coast.

Estudo: pessoas inteligentes são mais preguiçosas

Sabia que a preguiça pode ser um sinal de alta inteligência?

Pelos vistos sim. Pelo menos é isso que diz um estudo recente, elaborado por um grupo de investigadores da Universidade Florida Gulf Coast e publicado no Journal of Health Psychology.
Diz o estudo que as pessoas que utilizam mais o cérebro praticam menos exercício, pelo menos durante a semana.

Os investigadores analisaram dois grupos compostos por 30 voluntários cada (separados por categorias: os “pensadores” e os “não-pensadores”). A divisão dos grupos foi feita segundo a escalda da Necessidade de Cognição, que avalia o quanto as pessoas gostam de desafios mentais, colocando de um lado aqueles que preferem encontrar soluções lógicas para problemas complexos e vocacionados para o pensamento abstrato e, de outro lado, aqueles que são mais receptivos a emoções. Feita a divisão, os investigadores mediram os níveis de atividade de cada indivíduo com recurso a acelerómetros, durante sete dias.

As conclusões podem surpreender os mais céticos, mas apontam para que as pessoas inteligentes sejam mais preguiçosas. Isto porque os dados do estudo revelam que, de segunda a sexta, os “pensadores” eram claramente menos ativos do que os “não-pensadores”.

De acordo com os dados do estudo os “indivíduos de alta-NDC (necessidade de cognição)” parecem mais satisfeitos se estiverem mentalmente preenchidos. O estudo revela que as pessoas inteligentes tendem a viver um estilo de vida mais sedentário, uma vez que dificilmente se sentem entediadas e passam mais tempo em atividade de pensamento.

Já os “indivíduos de baixa-NDC” tendem a aborrecer-se mais facilmente e procuram novos ambientes e estímulos, sendo por isso comum que preencham o seu tempo com atividades físicas, por exemplo.

Facto curioso é que esta tendência se verifica mais durante a semana. De acordo com os dados do estudo, durante o fim-de-semana, ambos apresentavam os mesmos níveis de atividade. 

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