Sara Piteira Mota
Sara Piteira Mota
06 Mar, 2017 - 10:48

Portugueses são os europeus que mais gostam de conduzir

Sara Piteira Mota

No estudo recente, os condutores portugueses associam o facto de ter carro próprio a um estatuto de liberdade, independência e autonomia.

Portugueses são os europeus que mais gostam de conduzir

Se há uma coisa que grande parte dos portugueses parece gostar de fazer é conduzir. A conclusão é do Observador Cetelem que, numa análise ao setor automóvel, diz que 91% dos portugueses afirmam que adoram conduzir. Um gosto também partilhado pelos condutores polacos. Na Europa os britânicos surgem como os automobilistas que menos gostam de conduzir.

Na análise realizada a outros países fora da Europa, são os turcos e chineses que mais adoram conduzir (95%). Já para os japoneses (66%) e norte-americanos (69%) conduzir não parece ser uma das actividades que mais gostam de fazer.

Poupança de tempo lidera

No estudo os inquiridos foram ainda questionados sobre outras dimensões do uso do carro, tais como, a poupança de tempo por deter um carro próprio. E de facto, poupar tempo reúne o consenso de mais condutores portugueses (97%). Logo a seguir os condutores lusos afirmam que deter carro próprio é sinónimo de liberdade, independência e autonomia (91%).

Pedro Ferreira, diretor da área automóvel do Cetelem, explica que “para quem não vive na cidade, onde os serviços de transportes públicos têm uma maior oferta e diversidade, o automóvel apresenta-se como a opção mais eficaz, permitindo uma deslocação rápida e vantajosa”. O responsável sublinha ainda que “para os portugueses que vivem em zonas metropolitanas, o automóvel é valorizado e considerado indispensável, ainda que por vezes resulte em inconvenientes como o trânsito ou a dificuldade em estacionar”.

Carro é considerado um objecto de prazer

No global, para os automobilistas portugueses o automóvel assume sobretudo “características positivas”, refere o comunicado do Observador Cetelem. O carro surge assim associado “a um objeto de prazer (72%), uma marca de modernidade (68%), um objeto de luxo/sonho (64%) e um símbolo de sucesso social (61%)”, refere o comunicado.

Apenas uma parte bem menor de portugueses (15%) acredita que o automóvel se vai tornar um objeto obsoleto e do passado. Mas nem tudo são aspectos positivos. Para 92% dos condutores nacionais o carro é um objecto caro e muito associado à poluição (82%), sendo este o valor mais elevado entre todos os quinze países analisados.

O estudo foi realizado em colaboração com a empresa de estudos e consultoria BIPE e conduzidos pela TNS Sofres, em junho de 2016, em quinze países (África do Sul, Alemanha, Bélgica, Brasil, China, Espanha, Estados Unidos da América, França, Itália, Japão, México, Polónia, Portugal, Reino Unido e Turquia). No total, foram inquiridos mais de 8.500 proprietários de automóveis.

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