Clara Henriques
Clara Henriques
28 Dez, 2013 - 11:21

Sucesso ou fracasso de Portugal vai ser ditado no acesso aos mercados

Clara Henriques

Olli Rehn, vice-presidente da Comissão Europeia, diz que o acesso aos mercados é que vai definir o sucesso ou o fracasso das políticas implementadas por Portugal.

Sucesso ou fracasso de Portugal vai ser ditado no acesso aos mercados

A notícia foi publicada esta semana e advém de um artigo de opinião que Olli Rehn, vice-presidente da Comissão Europeia, escreveu no jornal “Diário Económico”. O artigo reconhece que o ajustamento de Portugal é de louvar, mas que é necessário continuar a implementar reformas estruturais mesmo depois do fim do programa de assistência financeira. Os mercados serão, por isso, uma grande prova para Portugal.

Segundo o comissário europeu, Portugal tem de se concentrar em medidas que consigam promover o crescimento e o emprego sem nunca descurar a sustentabilidade da dívida pública.

Reformas estruturais

Após a saída da troika de Portugal prevista para 2014, Olli Rehn diz que o país terá de continuar a implementar as reformas estruturais na economia, uma vez que, mesmo acabando o programa de ajustamento, estas medidas “desempenham um papel-chave” no caminho para o crescimento sustentado. Ainda assim, o vice-presidente assegura que Portugal pode estar tranquilo, uma vez que a europa vai cumprir com a promessa e avançar com a ajuda adicional a Portugal se assim for necessário.

Sobre as medidas que o Governo português tem vindo a implementar em Portugal, Olli Rehn garante que “as condições de implementação do programa foram mais desafiantes do que inicialmente previsto”, acrescentando ainda que “algumas das reformas orçamentais e estruturais que o Governo português adoptou e implementou foram consideradas inconstitucionais, enquanto outras esbarraram nos interesses instalados”. 

Numa altura em que o regresso aos mercados está para muito breve, o comissário europeu lembra ainda que “também ocorreram episódios de tensão política no início do ano”.

Neste contexto, este regresso aos mercados será uma prova de fogo que ditará em parte o sucesso ou o fracasso de Portugal.