Catarina Milheiro
Catarina Milheiro
06 Fev, 2023 - 13:00

Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens assinado por 50 empresas

Catarina Milheiro

50 empresas já assinaram o Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens. Conheça algumas empresas, saiba em que consiste e a quem se destina.

empreendedorismo jovem

Foi no Hub Criativo do Beato, no passado dia 19 de janeiro, que se deu o evento de assinatura do Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens, promovido pela Fundação José Neves, com o patrocínio do Presidente da República.

O evento foi recebido por Marcelo Rebelo de Sousa e estiveram presentes a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o secretário de Estado do Trabalho e ainda José Neves, criador da Fundação José Neves.

Esta iniciativa juntou 50 empresas portuguesas com faturação superior a 55 milhões de euros, o Governo, o Conselho Nacional de Juventude e ainda a Fundação José Neves. O objetivo é colmatar a falta de emprego na camada etária mais jovem e promover mais e melhores condições de trabalho. Fique connosco e saiba tudo sobre o assunto.

Tudo sobre o Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens

A geração atual de trabalhadores jovens é reconhecida como a mais qualificada de sempre. No entanto, acaba também por ser a mais penalizada nos últimos anos, devido aos vários desafios com que se têm vindo a deparar.

Como tal, o Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens, resultou do “Livro Branco Mais e Melhores Empregos”, promovido pela Fundação José Neves através da Secretaria de Estado do Trabalho e conta ainda com o Alto Patrocínio do Presidente da República.

O fundador da Fundação José Neves, apontou este marco como sendo de “extrema importância para o país” e referiu ainda que este tem um “longo caminho a percorrer” em direção à criação de condições de trabalho mais justas para os jovens”.

brainstorming

O que é o Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens e em que consiste?

O Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens é uma iniciativa promovida e coordenada pela Fundação José Neves e tem como objetivo “promover mudanças reais no atual contexto de vulnerabilidade associado ao emprego dos jovens”.

No Pacto agora assinado, as empresas e o Estado unem-se com a missão de criar empregos de qualidade para os jovens. Assim, as empresas comprometem-se, até 2026 e através de um conjunto de metas fixadas, a reforçar a aposta em diversos indicadores sobretudo a:

  • Contratar e a reter jovens trabalhadores;
  • Garantir emprego de qualidade para os jovens;
  • Formar, desenvolver e dar-lhes voz.

As empresas signatárias do Pacto reconhecem a urgência de atuar de forma estratégica e em unir esforços no sentido de promover o emprego dos jovens e claro, de criar condições mais atrativas para os mesmos – alinhadas com as expectativas individuais e nacionais.

Por outro lado, o Governo propõe-se a reforçar as políticas ativas de emprego, de formação e de qualificação.

O pacto tem a duração de 3 anos porque o objetivo é terem um impacto no curto prazo. Após esse período, a vontade será de evoluir o mesmo para satisfazer outras ou novas necessidades.

Na prática, como funciona o Pacto?

Às 4 grandes áreas de intervenção estão associadas medidas concretas ou indicadores com metas de execução como explicamos anteriormente. Assim, cada emprese deve escolher as que melhor se adaptam ao seu negócio.

Ou seja, se o objetivo for aumentar a formação então poderemos estar perante estágios profissionais, mentorias ou outro tipo de medidas. Para além disto, o progresso das entidades é quantificado e avaliado pelo Observatório do Emprego Jovem (que fará a monitorização da execução do Pacto).

Existirão também reuniões semestrais com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa, do Governo e das empresas. Pretende-se com isto acompanhar a evolução, bem como as oportunidades, as boas práticas e as dificuldades das entidades.

Para além disto, saiba que o Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens destina-se a jovens até aos 29 anos, inclusive.

50 empresas já assinaram o Pacto

Não há dúvidas de que os jovens são trabalhadores mais vulneráveis, principalmente no mercado de trabalho atual. Por isso mesmo, é necessário combater essa tendência com medidas que sejam eficazes.

Foram 50 empresas as que já assinaram o Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens. De facto, no lançamento a iniciativa conta com os CTT, a Corticeira Amorim, o BPI, a Farfetch, o Grupo José de Mello, a Unilabs, a Galp, RTP, Tranquilidade, REN, Super Bock Group, entre outras.

Tratam-se das primeiras 50 empresas aderentes, com uma faturação no total de mais de 55 milhões de euros e que empregam mais de 200 mil trabalhadores.

No fundo, são empresas de várias regiões do nosso país, que atuam em diversos setores de atividade: desde a construção, alimentação, indústria, energia, saúde, tecnologia, consultoria, media e até transportes.

Mas atenção: o Pacto está aberto à adesão de mais empresas de forma a alargar o número de signatários e “transformar esta iniciativa num movimento nacional”.

Assim, as empresas poderão manifestar o seu interesse na adesão através do e-mail [email protected] ou do site.

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