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O ciclo de 28 debates preparados por RTP, SIC e TVI para as eleições presidenciais de 2026 vai ter o seu momento final com o encontro entre Henrique Gouveia e Melo e Luís Marques Mendes, marcado para 22 de dezembro, segundo o calendário oficial divulgado.
Este será o “último acto” de uma série que arranca a 17 de novembro, com o primeiro frente‑a‑frente entre André Ventura e António José Seguro. Para quem gosta de maratonas televisivas e debates com gravatas, esta é uma que promete fechar com chave de ouro.
28 debates televisivos em horário nobre
O conjunto desses debates não é pequeno: 28 encontros em sinal aberto, em horário nobre (21h00), com distribuição entre os canais generalistas. A RTP vai transmitir 12 dos debates, enquanto a SIC e a TVI terão oito cada.
O formato procura garantir visibilidade máxima para os oito candidatos principais: André Ventura, António Filipe, António José Seguro, Catarina Martins, Henrique Gouveia e Melo, João Cotrim de Figueiredo, Jorge Pinto e Luís Marques Mendes.
| Data | Hora | Candidatos | Canal |
| 17 Nov | 21h00 | André Ventura e António José Seguro | TVI |
| 18 Nov | 21h00 | Luís Marques Mendes e António Filipe | SIC |
| 20 Nov | 21h00 | Henrique Gouveia e Melo e João Cotrim Figueiredo | RTP |
| 23 Nov | 21h00 | Catarina Martins e Henrique Gouveia e Melo | SIC |
| 24 Nov | 21h00 | João Cotrim Figueiredo e Jorge Pinto | RTP |
| 25 Nov | 21h00 | Luís Marques Mendes e André Ventura | SIC |
| 26 Nov | 21h00 | Jorge Pinto e Henrique Gouveia e Melo | TVI |
| 27 Nov | 21h00 | António José Seguro e João Cotrim Figueiredo | RTP |
| 28 Nov | 21h00 | André Ventura e Catarina Martins | TVI |
| 29 Nov | 21h00 | Luís Marques Mendes e Jorge Pinto | RTP |
| 30 Nov | 21h00 | João Cotrim Figueiredo e António Filipe | SIC |
| 1 dez | 21h00 | António José Seguro e Jorge Pinto | RTP |
| 2 dez | 21h00 | António Filipe e Gouveia e Melo | TVI |
| 3 dez | 21h00 | António José Seguro e Luís Marques Mendes | RTP |
| 4 dez | 21h00 | Catarina Martins e João Cotrim Figueiredo | TVI |
| 6 dez | 21h00 | António José Seguro e Catarina Martins | SIC |
| 7 dez | 21h00 | João Cotrim Figueiredo e Luís Marques Mendes | TVI |
| 8 dez | 21h00 | António Filipe e Jorge Pinto | RTP |
| 9 dez | 21h00 | Henrique Gouveia e Melo e António José Seguro | SIC |
| 10 dez | 21h00 | Catarina Martins e António Filipe | RTP |
| 11 dez | 21h00 | André Ventura e Jorge Pinto | SIC |
| 12 dez | 21h00 | Luís Marques Mendes e Catarina Martins | RTP |
| 13 dez | 21h00 | André Ventura e António Filipe | RTP |
| 15 dez | 21h00 | Henrique Gouveia e Melo e André Ventura | RTP |
| 19 dez | 21h00 | João Cotrim Figueiredo e André Ventura | SIC |
| 20 dez | 21h00 | António José Seguro e António Filipe | TVI |
| 21 dez | 21h00 | Catarina Martins e Jorge Pinto | RTP |
| 22 dez | 21h00 | Henrique Gouveia e Melo e Luís Marques Mendes | TVI |
O que está em jogo
Os debates televisivos desempenham vários papéis no contexto eleitoral. Permitem aos candidatos confrontarem-se diretamente e evidenciarem as suas posições, ao mesmo tempo que ajudam os eleitores a distinguir perfis, ideias e estilos de liderança. Para os meios de comunicação, funcionam como peça central na agenda mediática, com forte capacidade de atração de audiências. E, inevitavelmente, criam expectativa, tensão e, por vezes, momentos dignos de entretenimento televisivo.
No encerramento do ciclo, o frente-a-frente entre Gouveia e Melo e Marques Mendes poderá ter um valor simbólico acrescido. Não representa apenas o fim dos debates, mas também o início do sprint final da campanha.
Por que este fecho importa
Encerrar o ciclo de debates com Gouveia e Melo frente a Marques Mendes não é apenas uma coincidência de calendário, é uma escolha carregada de significado político e simbólico. De um lado, Henrique Gouveia e Melo representa a novidade, o pragmatismo de perfil militar transformado em figura pública. Do outro, Luís Marques Mendes traz consigo a experiência clássica da política nacional, com discurso estruturado e palavra calculada.
Este contraste, quase teatral, acentua o dramatismo eleitoral e dá ao debate final um carácter de duelo que facilmente capta a atenção, não apenas dos interessados em política, mas também de quem acompanha o processo com um olhar mais televisivo. A transmissão nos três principais canais generalistas garante ainda uma audiência ampla, nacional, partilhada, como se o país inteiro estivesse a ver o mesmo capítulo de uma série decisiva.
O que esperar agora
Com o calendário fechado e os debates a decorrer entre 17 de novembro e 22 de dezembro, a responsabilidade recai agora sobre os canais, os moderadores e os próprios candidatos. É preciso gerir o ritmo, evitando repetições ou cansaço na fórmula. É importante variar os temas, fugindo ao “já se sabe” que tantas vezes marca este tipo de confronto. E é essencial manter uma dinâmica de interacção entre os candidatos que não resvale para o populismo fácil ou para a fuga constante às questões concretas.
Do lado do público, resta escutar com atenção: o que se diz, como se diz e — talvez ainda mais revelador — o que fica por dizer. Afinal, este ciclo de debates pode muito bem terminar com o encontro em que, em vez de se limparem os sapatos para entrar em estúdio, os candidatos acabem a pisar‑se os pés — metaforicamente, claro.
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