É o país que nos abre as portas de África, localizado bem na ponta Norte, e que tem tanto para descobrir. Neste guia completo, iremos revelar tudo o que precisa de saber se pretende viajar para Marrocos ou está já a planear uma viagem para este destino. Vai sempre a tempo de ter em conta as nossas dicas, nomeadamente sobre os cuidados a ter.

Marrocos tem uma população de 33 milhões de pessoas, num território que se estende por mais de 710 mil quilómetros quadrados. A sua costa apanha o Oceano Atlântico, passa pelo estreito de Gibraltar e estende-se até ao mar Mediterrâneo. Do outro lado do estreito, Marrocos faz fronteira com Espanha a Norte, com a Argélia faz fronteira a Leste e com a Mauritânia a Sul.

O país tem um parlamento eleito e é uma monarquia constitucional, na qual o rei detém uma série de poderes executivos, incluindo o poder de dissolver o parlamento.

Como viajar para Marrocos

Mesquita em marrocos

Os cidadãos portugueses estão isentos de visto para estadias turísticas até 90 dias. Todavia, é necessário ter passaporte válido, cuja apresentação é obrigatória, mesmo que viaje em grupos organizados.

A partir de Portugal, encontra voos diários Lisboa-Casablanca e voos Lisboa-Tanger, Lisboa-Marraquexe, Porto-Casablanca e Porto-Marraquexe, realizados por várias companhias aéreas, como a Royal Air Maroc (transportadora oficial de Marrocos), TAP, Air France, Iberia e Ryanair.

O Aeroporto Internacional Mohammed V é o principal aeroporto internacional e está localizado em Nouasseur, a cerca de 25 quilómetros de Casablanca. Além disso, existem também cerca de 60 aeroportos regionais em todo o país.

Também pode chegar a Marrocos por via marítima, sendo que existem várias as linhas de cruzeiros que oferecem itinerários com paragem, principalmente, em Casablanca, como é o caso da Norwegian e da Royal Caribbean.

Alojamento em Marrocos

Viajar em Marrocos

Marrocos oferece diferentes tipos de alojamentos. No caso de cidades maiores, como Casablanca e Tânger, encontra vários hotéis de cadeias internacionais, incluindo o Ramada, o Sheraton e o Hyatt Regency, entre outras opções de qualidade, ainda que com nomes menos conhecidos.

Todavia, muitos viajantes acham que a experiência de uma viagem em Marrocos não fica completa sem ficar alojado num dos muitos riades. Trata-se de casas tradicionais de Marrocos que foram convertidas em pequenos hotéis e casas particulares para os turistas.

Este tipo de alojamento encontra-se, geralmente, localizado um pouco por todo o país e é uma das melhores formas de mergulhar na cultura local e de usufruir de arquitetura local.

Gastronomia em Marrocos

gastronomia marroquina

A gastronomia de Marrocos é uma das mais diversificadas do mundo, dado que resulta de influências provenientes de diversos pontos do mundo, como Córsega, Portugal, Espanha, Médio Oriente, países africanos e países do Mar Mediterrâneo.

As especiarias destacam-se desde logo, usadas extensivamente e que foram sendo importadas por Marrocos ao longo de milhares de anos de história. Canela, cominhos, gengibre, sésamo, açafrão e pimenta preta são alguns exemplos dos sabores mais característicos marroquinos.

O frango é a carne mais consumida e o borrego, apesar de ser mais caro, é o tipo de carne mais apetecido.

Ao viajar para Marrocos, deverá experimentar um dos pratos mais típicos da região e que cada vez mais se consome em Portugal: o couscous. São bolas de sêmola de trigo, cozinhadas a vapor, e que podem ter diversos acompanhamentos, nomeadamente, legumes, carne ou peixe, de acordo com os gostos ou até com os ingredientes disponíveis no frigorífico.

Outra delícia imperdível são as tajines, um prato típico de Marrocos, cozinhado a vapor e estufado num recipiente de barro, chamado tajine. Como é preparado em lume médio, cada refeição fica muito apurada, conferindo-lhe sempre sabores distintos. Um pouco à semelhança do bacalhau em Portugal, as tajines podem ser preparadas de mil e uma maneiras diferentes.

Atrações imperdíveis em Marrocos

Panorâmica da cidade do cinema em marrocos

Marrocos é um país de grande beleza natural e lugares inesquecíveis e intrigantes. Como tal, para aqueles que querem mergulhar na cultura e história marroquinas, há boas notícias: existem centenas de mesquitas, palácios e locais históricos para visitar, como a antiga cidade de Asilah, as Grutas de Hércules ou o Palácio El Bahia.

Bem como vários museus, que retratam fielmente o passado de Marrocos, de modo a compreender melhor o presente, como o Museu de Antiguidades, o Museu Etnográfico de Tetuão e o Museu de Arte Marroquina.

Neste último é possível descobrir coleções únicas de objetos de vidro, manuscritos antigos, tapetes requintados, jóias e cerâmica. Tudo isto são exemplos de materiais bem típicos do país e aos quais não vai conseguir resistir quando viajar para Marrocos.

A paisagem natural do país é algo que não deixa ninguém indiferente. O Deserto do Saara, o Alto Atlas, as Montanhas Chefchaouen, o Parque Nacional de Souss Massa ou a Reserva da Biosfera Intercontinental Mediterrânica oferecem atividades ao ar livre e contacto com o lado mais natural da vida, com condições atmosféricas que podem ser um verdadeiro desafio.

Mas para quem prefere locais mais tranquilos também encontra várias opções, quer na costa atlântica, quer na costa mediterrânica.

A melhor altura para visitar Marrocos

A maior parte do Norte de Marrocos, particularmente ao longo das costas, vive um clima típico do Mediterrâneo, com invernos suaves e húmidos e verões quentes e secos. A estação mais chuvosa decorre de outubro a abril, altura em chuvas torrenciais provocam o caos no país, originando inundações que podem ser devastadoras.

À medida que vamos descendo pelo país, o cenário altera-se quase para o oposto, sendo inclusivamente frequente a ocorrência de períodos de seca.

Desta forma, a melhor altura para visitar Marrocos será entre março e maio, quando as temperaturas fazem mesmo lembrar a primavera portuguesa, ou, então, entre setembro e novembro, naquele início de outono tranquilo.

Conselhos sobre costumes locais em Marrocos

Mesquita em Casablanca

Enquanto país muçulmano e de hábitos e tradições muito próprias, há algumas dicas a reter para respeitar os costumes locais quando viajar para Marrocos:

Dicas úteis sobre Marrocos

Língua

As línguas oficiais de Marrocos são o árabe padrão e o amazigue, sendo o francês também um pouco usado. No quotidiano, o darija, árabe marroquino, é o mais utilizado. No Norte do país, também se fala espanhol, bem como inglês, nos locais mais turísticos.

Moeda

A moeda marroquina é o Dirham e existem:

O dirham é uma moeda restrita e não pode ser retirado do país, não é negociado e, teoricamente, não está disponível no exterior, logo apenas poderá trocar em agências de câmbio, aeroporto, bancos, hotéis e terminais multibanco do país.

Cuidados de saúde e higiene

O Ministério dos Negócios Estrangeiros, através do Portal das Comunidades, deixa algumas recomendações ao nível de cuidados de saúde e higiene para todos os que vão viajar para Marrocos:

Não perca Casablanca: a estrela de Marrocos que continua a brilhar

Segurança

Marrocos é um país que se caracteriza pela sua estabilidade política, quando comparado com outros países africanos. Todavia, existe uma ameaça geral de atentados terroristas relacionada com a ligação de cidadãos marroquinos a grupos terroristas ativos na Síria e no Iraque.

Além disso, a travessia de determinadas zonas mais problemáticas do Deserto do Saara é desaconselhada, até porque a soberania dos territórios do Saara Ocidental, nomeadamente da cidade de Tarfaya para Sul, continua a ser disputada.

Não deve ainda tirar fotografias a instalações militares nem se aproximar de manifestações de rua.

Ainda na rua, saiba que o furto é frequente em zonas turísticas de Marrocos, pelo que se recomenda maior discrição no porte e uso de bens de valor.

Em caso de problemas, atente aos contactos de emergência:

Com os devidos cuidados, conhecer Marrocos é, sem dúvida, uma experiência que todos deveriam ter pelo menos uma vez na vida. É entrar em contacto com um país muito diferente de Portugal, mas onde encontrará várias influências lusas, fruto de séculos de convivência próxima.

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