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À medida que a febre da Black Friday se aproxima, um estudo da fintech Revolut e da Dynata revela que com o aumento de fraudes e sites falsos, poucos portugueses confiam realmente na sua capacidade de distinguir um bom negócio de um scam.
O inquérito, realizado a 1.000 portugueses em todo o país, revela que apenas 13% se sentem “muito confiantes” na sua capacidade de identificar sites falsos ou ofertas fraudulentas online ou nas redes sociais.
As gerações mais velhas mostram mais falta de confiança, com 27% das pessoas entre os 45 e os 54 anos e 39% entre os 55 e os 64 anos a dizerem que não se sentem muito confiantes para detetar burlas da Black Friday.
Entre os mais jovens, mesmo sendo vistos pelos pais como “nativos digitais”, apenas 25% da Geração Z diz sentir-se muito confiante em evitar estes scams online.
Black Friday: confiança não é proteção
No entanto, confiança nem sempre significa proteção. Apesar de a Geração Z ser a geração mais confiante, 1 em cada 5 já perdeu dinheiro para burlões enquanto fazia compras online, com 21% a admitirem ter perdido entre 500€ e 1.000€ ao tentarem aproveitar as promoções da Black Friday.
Entre os menos confiantes, o alerta é ainda mais evidente e a falta de confiança parece andar de mãos dadas com maiores perdas, já que 41% da Geração X admite não se sentir muito confiante ou nada confiante, e 22% deste grupo afirma ter perdido mais de 1.000€ em burlas online.
Mais cuidados online
Os dados mostram que os portugueses estão a tornar-se mais cuidadosos quando compram online.
Assim, estão a adotar comportamentos como só comprar em sites ou aplicações de confiança (57%), usar cartões virtuais ou de utilização única (40%) e evitar clicar em links de e-mails ou anúncios nas redes sociais (38%).
No entanto, alguns continuam a revelar demasiada despreocupação e 12% dizem não tomar qualquer precaução ao fazer compras online. Curiosamente, dentro deste grupo, a Geração Z destaca-se com a maior percentagem, com 16% a admitirem não ter qualquer cuidado.
Quando se trata de encontrar promoções, os consumidores confiam principalmente em sites de retalhistas (36%), e quase na mesma proporção em anúncios pagos nas redes sociais, como Instagram, TikTok e Facebook (16%) e promoções por e-mail (15%).
Não é surpreendente que os anúncios nas redes sociais sejam mais tentadores para a Geração Z, com 33% dos inquiridos desta geração a escolherem esta opção (sendo a percentagem mais alta entre todas) enquanto a Geração X (44%) e os Boomers (40%) preferem o método tradicional: os sites dos retalhistas.
Os influenciadores parecem ter menos peso na decisão, sendo a opção menos escolhida para encontrar promoções online: apenas 6% dizem recorrer a conteúdos de influenciadores.
Black Friday: como manter a segurança online
Há algumas dicas que deve seguir para evitar ser burlado com propostas de descontos mirabolantes. Siga estas sugestões e estará mais a salvo de esquemas menos claros online
Sites falsos de retalhistas: Os burlões criam sites que parecem idênticos a lojas legítimas para roubar dinheiro ou dados pessoais e bancários. O que fazer: verificar cuidadosamente o URL do site para garantir que é o verdadeiro.
Preços demasiado baixos: Alguns sites vendem produtos caros (eletrónica, joalharia ou marcas de roupa) a preços muito baixos. Os compradores podem receber produtos falsos ou, simplesmente, nada. O que fazer: se parece bom demais para ser verdade, provavelmente é. Ler avaliações de outros clientes antes de comprar.
Lojas falsas nas redes sociais: Os burlões criam lojas falsas que operam por pouco tempo e desaparecem após algumas vendas. O que fazer: não confiar em páginas recentes com muitas avaliações positivas. Podem ser falsas e criadas apenas para enganar.
Mensagens falsas e e-mails de phishing: Estas aumentam em períodos de grande volume de compras, como a Black Friday. O que fazer: acompanhar as encomendas diretamente no site do retalhista ou da transportadora, verificar sempre o endereço do remetente e ter atenção a erros subtis de ortografia. Se houver dúvidas, nunca clicar no link!
Este estudo foi conduzido pela Dynata em outubro de 2025, com uma amostra nacional representativa de 1.000 consumidores em Portugal.