Viviane Soares
Viviane Soares
30 Nov, 2018 - 17:53

As 5 piores consequências de um ciberataque para a sua empresa

Viviane Soares

Na era da transformação digital, as empresas têm que se precaver contra um sem número de ameaças digitais, sob pena das consequências serem devastadoras.

As 5 piores consequências de um ciberataque para a sua empresa

É difícil para qualquer empresa avaliar o impacto financeiro imediato de um ciberataque. O que é certo, porém, é que uma eventual quebra de segurança pode colocar em risco a reputação empresarial da organização e, com isto, futuras oportunidades de negócio. Ou seja, em muitos casos, pode estar em causa a sobrevivência da própria empresa.

A cibersegurança é, por esta razão, e cada vez mais, uma das grandes prioridades das pequenas, médias e grandes empresas (seja qual for o ramo de atuação) – sobretudo desde que entrou em vigor o novo Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD).

Como uma das principais exigências da nova moldura legal é evitar a fuga ou a perda de dados pessoais dos clientes, as organizações começam a investir em tecnologias de cibersegurança e de encriptação que as protejam do roubo de dados através de software malicioso, ciberataques ou fugas de informação acidentais. Isto para não terem de enfrentar as sanções previstas no novo Regulamento, mas também para protegerem a integridade dos seus ativos.

Uma eficiente gestão dos riscos cibernéticos deve ser, assim, uma das principais prioridades de qualquer organização empresarial. Por um lado, as empresas estarão a criar valor para o seu negócio. Por outro, o desleixo em relação à segurança digital pode ter consequências devastadoras.

5 consequências da falta de cibersegurança para as empresas

As 5 piores consequências de um ciberataque para a sua empresa

São vários os estudos e relatórios que indicam que as empresas estão mais alerta para a importância que a gestão de ciber-riscos deve ter no seio das suas organizações. Também como reflexo do impacto verificado nos ataques cibernéticos recentes – como, por exemplo, o WannaCry – as preocupações em torno da cibersegurança aumentaram exponencialmente à escala global.

Em Portugal, um estudo da Marsh, datado de 2018, revela que, pela primeira vez nos quatro anos em que a consultora já realizou este estudo, a opção “nenhuma importância” dada em relação à cibersegurança por parte das empresas obteve 0% de respostas. Esta é mais uma prova de que as ameaças digitais são reais e nenhuma empresa está disposta a “pagar para ver” ou sentir os efeitos de um qualquer ciberataque. E que (potenciais) efeitos são esses?

1. Danos na reputação da empresa

Esta é, provavelmente, uma das piores consequências de um ciberataque para qualquer empresa, pois não há cliente no mundo que se sinta à vontade a trabalhar com uma empresa vulnerável aos ciber-riscos ou que não tenha uma política de segurança bem definida. Quando a reputação de uma empresa é manchada, muito dificilmente conseguirá reaver a confiança do mercado.

2. Perda de clientes, contratos e oportunidades de negócio

Afetada a imagem da empresa, a perda de clientes e oportunidades de negócio é mais do que certa. Este efeito dominó poderá colocar em risco a sobrevivência da própria organização.

3. Suspensão do negócio e interrupção dos sistemas

Não são raros os casos em que, por exemplo, um ataque de ransomware suspende a funcionalidade de redes, sistemas ou aplicações de uma organização empresarial. Neste tipo de ataque é feito um data jacking aos computadores da empresa, seguindo-se a encriptação dos dados armazenados. O objetivo passa por, posteriormente, extorquir dinheiro a essa mesma empresa para que os dados voltem a estar disponíveis.

4. Exposição de informação crítica para o negócio

A confidencialidade de informação é, indiscutivelmente, um dos principais ativos de muitas empresas. Sendo “o segredo a alma do negócio”, a última coisa que se pretende é que haja uma fuga dessa informação crítica.

Como os ciberataques estão cada vez mais sofisticados e os hackers motivados a expor dados confidenciais das grandes organizações, gerir os riscos cibernéticos para minimizar esta exposição é uma prioridade comum a muitas empresas.

5. Coimas avultadas

A perda, o roubo ou a violação de dados é um tema muito sensível, principalmente desde que começou a ser aplicável o RGPD. As empresas passaram a ser obrigadas a garantir a proteção da privacidade dos cidadãos, sendo que alguns dos requisitos de segurança incluem prevenção de destruição acidental ou criminosa, perda, processamento, divulgação, acesso e alteração.

As penalizações para quem não se preparar devidamente para evitar a violação da segurança dos dados serão severas. O RGPD estabelece um quadro de aplicação de coimas assente em dois escalões (em função da gravidade), a saber:

  • Nos casos menos graves, a coima poderá ter um valor até 10 milhões de euros ou 2% do volume de negócios anual a nível mundial, consoante o montante que for mais elevado;
  • Nos casos mais graves, a coima poderá ter um valor até 20 milhões de euros ou 4% do volume de negócios anual a nível mundial, consoante o montante que for mais elevado.

Ou seja, no que se refere à proteção dos dados, uma das regras fundamentais que o RGPD impõe às empresas é que estas garantam a segurança dos dados pessoais dos seus clientes, incluindo a proteção contra o seu tratamento não autorizado ou ilícito e contra a sua perda, violação, destruição ou danificação acidental. Para tal, há que adotar medidas de segurança concretas e tecnologias adequadas.

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