Banco de Portugal recomenda ter dinheiro em casa. Mas quanto?

A digitalização dos pagamentos tem-se acelerado nos últimos anos em Portugal cartões, telemóveis, apps de transferência rápida, mas o apagão tecnológico ocorrido em abril de 2025 expôs uma fragilidade que muitos preferiam ignorar.

Em resposta, o Banco de Portugal recomendou recentemente que os cidadãos “tenham algum dinheiro físico disponível em casa”.

Embora o banco central não fixe um montante específico para cada agregado familiar, o documento adianta que o numerário serve como rede de segurança nos casos em que a infraestrutura eletrónica falha, falta de energia, corte nos terminais de pagamento ou falhas nos sistemas bancários.

Na prática, isso significa que cada pessoa ou família deverá avaliar as suas necessidades mínimas, como alimentação, transporte, medicamentos e considerar manter um montante físico correspondente.

Dinheiro em casa, mas em lugar seguro

Algumas referências externas, como as de outros bancos centrais europeus, apontam para valores entre 70 € a 100 € por pessoa como guia básico para esses dias críticos.

Além disso, o banco central destaca que o dinheiro físico deve estar guardado em local seguro, com notas de pequeno valor e, de preferência, moedas que permitam trocos e pagamentos mesmo em modo de emergência.

Naturalmente, esta recomendação não pretende substituir os meios de pagamento digitais nem incentivar acúmulos de liquidez exagerados e o Banco de Portugal sublinha que valores excessivos podem gerar riscos de segurança ou de perda de valor face à inflação..