Miguel Pinto
Miguel Pinto
18 Jul, 2025 - 17:00

ChatGPT Agent: o assistente que que pensa e age por si

Miguel Pinto

Chama-se ChatGPT Agent e é um assistente autónomo que pensa por si e sugere soluções. Venha conhecer esta revolução.

ChatGPT da Open AI

A OpenAI apresentou uma atualização que poderá transformar de forma profunda a forma como interagimos com a inteligência artificial, o ChatGPT Agent.

Esta nova funcionalidade eleva o ChatGPT de um assistente conversacional tradicional para um verdadeiro agente autónomo, com a capacidade não apenas de pensar e sugerir, mas também de agir diretamente em nome do utilizador.

Trata-se de um passo significativo rumo à ideia de um assistente pessoal completo e funcional.

O ChatGPT Agent distingue-se pelo facto de conseguir navegar por websites, preencher formulários, reservar serviços e interagir com aplicações como se fosse o próprio utilizador a fazê-lo.

ChatGPT Agent: capacidades avançadas de pesquisa

Esta capacidade resulta da integração de ferramentas anteriormente separadas, como o Operator, que permite ao sistema clicar e interagir com interfaces gráficas, e o Deep Research, que oferece capacidades avançadas de pesquisa e síntese de informação complexa.

Ao combinar estas valências com o modelo de linguagem já amplamente reconhecido, a OpenAI criou um sistema capaz de executar tarefas complexas, como planear uma refeição para várias pessoas, reservar um restaurante com base em critérios personalizados, gerir eventos num calendário ou até compilar apresentações empresariais completas a partir de dados na web.

Durante a apresentação, foram demonstrados cenários práticos que deixaram clara a utilidade do sistema no quotidiano, tanto a nível pessoal como profissional.

Um dos exemplos mais mediáticos foi o pedido para encontrar um jantar livre no calendário do utilizador, escolher um restaurante italiano com boas avaliações e fazer a reserva. Tudo automático e com uma simples instrução em linguagem natural.

No entanto, apesar das capacidades impressionantes, a OpenAI sublinhou que o utilizador mantém sempre o controlo das ações do agente.

Antes de realizar qualquer operação sensível, como compras ou alterações em documentos pessoais, o sistema solicita confirmação explícita.

Para além disso, foram implementadas salvaguardas contra ataques de prompt injection, uma técnica que tenta manipular agentes autónomos através de instruções ocultas inseridas em páginas web ou ficheiros.

Só para planos pagos

O acesso ao ChatGPT Agent está atualmente limitado aos utilizadores dos planos pagos Pro, Plus e Team.

A distribuição é feita de forma faseada, sendo que a OpenAI pretende alargar o acesso ao longo das próximas semanas, incluindo clientes empresariais e instituições de ensino.

Para os utilizadores do plano Pro, estão disponíveis cerca de 400 pedidos por mês com este novo agente. Já os utilizadores Plus e Team têm direito a 40.

Estes limites são justificados pelo elevado custo computacional envolvido na execução autónoma de tarefas com recurso ao “computador virtual” do sistema.

ChatGPT Agent: corrida pela liderança

Este lançamento reforça a posição da OpenAI numa corrida intensa pela liderança em inteligência artificial aplicada.

A funcionalidade Agent coloca o ChatGPT em concorrência direta com produtos como o Gemini da Google e os agentes inteligentes da Anthropic.

Ao mesmo tempo, aproxima-se do conceito de “super assistente” descrito em documentos internos revelados em processos judiciais recentes, onde se vislumbra uma IA capaz de integrar múltiplas tarefas com um nível elevado de autonomia e eficiência.

Apenas o início

Ainda que as possibilidades do ChatGPT Agent sejam vastas, a empresa reconhece que este é apenas o início.

Futuras atualizações deverão incluir integrações com mais aplicações externas, aumento da capacidade de execução de tarefas simultâneas e um reforço contínuo das garantias de segurança e fiabilidade.

Também se espera que estas melhorias estejam alinhadas com os planos para o eventual lançamento do GPT-5, um modelo ainda mais poderoso e versátil. E a linha entre o que o utilizador faz e o que a IA pode fazer por ele torna-se cada vez mais ténue.

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