Ekonomista
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08 Ago, 2025 - 13:45

Autárquicas de 2025: 44 deputados candidatos do Chega lideram corrida local

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Autárquicas de 2025: 44 deputados do Chega concorrem às câmaras numa ofensiva política local inédita.

O partido Chega prepara um dos maiores movimentos políticos nas próximas eleições autárquicas em Portugal. Ao apresentar 44 deputados da Assembleia da República como candidatos às câmaras municipais, a aposta é clara: transformar o capital político nacional em influência local.

Esta estratégia, centrada em nomes de peso como Pedro Pinto, Rita Matias e Bruno Mascarenhas, reforça a ambição do partido liderado por André Ventura de marcar presença significativa nas autarquias de 2025. Descubra como os candidatos do Chega estão a redefinir a paisagem política local.

Estratégia nacional reflete-se nas candidaturas do Chega

O plano autárquico do Chega transcende o simples crescimento territorial. Trata-se de uma intervenção estratégica com o objetivo de consolidar a estrutura política local com quadros experientes da bancada parlamentar. Dos 60 deputados eleitos nas últimas legislativas, 59 integrarão as listas às eleições autárquicas de 2025: 44 concorrem como candidatos principais às câmaras municipais e 15 às assembleias municipais.

Este movimento revela uma clara aposta na continuidade política entre o Parlamento e o terreno autárquico, trazendo uma nova dimensão às candidaturas do Chega. A estratégia da direção aponta para um reforço da credibilidade junto do eleitorado local — sob a bandeira de soluções práticas, segurança e rigor orçamental.

Deputados do Chega lideram nos grandes centros urbanos

Já são conhecidos vários nomes de peso que encabeçarão as candidaturas às autárquicas. Entre os destaques está Pedro Pinto Faro Chega, líder parlamentar do partido, candidato à presidência da Câmara de Faro, com o slogan “Tornar Faro grande outra vez”, alinhado com o estilo comunicacional de Donald Trump.

Outro nome forte é Rita Matias, atual deputada e líder da juventude do partido (Juventude Chega), que enfrentará o desafio de conquistar Sintra agora que Basílio Horta (PS) não se recandidata. A aposta passa claramente por figuras jovens e mobilizadoras.

Para além destes, Rui Paulo Sousa é o nome escolhido para a Amadora; Bruno Nunes para Loures; Rui Cristina para Albufeira; Carlos Magno em Almada; e Bruno Mascarenhas Lisboa Chega representará o partido na capital.

No Porto, será Miguel Côrte-Real — antigo líder do grupo municipal do PSD entre 2021 e 2024 — quem intentará afirmar a presença do partido numa das maiores cidades do país. Estes candidatos representam um esforço do Chega para fixar uma base sólida de apoio nas zonas urbanas mais populosas e politicamente estratégicas.

Eleições locais e a ambição de um novo ciclo político

Para o líder do Chega, André Ventura, as eleições locais são mais do que uma etapa de crescimento: são uma plataforma para alavancar o projeto político a outros níveis. Nas eleições autárquicas de 2021, o partido conquistou cerca de 200 mil votos (4,16%), mas não logrou eleger vereadores em concelhos-chave como Lisboa ou Porto.

Desta vez, com nomes mais experientes, melhor estrutura organizativa e maior visibilidade pública, o Chega parte para 2025 com outras expectativas. A estratégia autárquica do Chega concentra-se não apenas em multiplicar vereadores e presidentes de junta, mas também em influenciar orçamentos municipais, dinamizar políticas locais e servir de ponte para as eleições legislativas futuras.

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