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O crescimento económico abaixo das previsões eleitorais da AD está no centro de fortes críticas do Partido Socialista (PS), que contesta a viabilidade do cenário macroeconómico prometido durante a campanha. As novas projeções do Governo para 2025 indicam uma taxa de crescimento inferior à anunciada pela Aliança Democrática, levantando sérias dúvidas quanto à execução das promessas eleitorais da coligação.
Este desencontro entre expectativas e realidade influencia diretamente o Orçamento do Estado para 2026 e acende o debate político em torno das políticas públicas e da gestão económica do país.
Previsões para o crescimento económico 2025 desapontam
Cenário macroeconómico da AD considerado “irrealista” pelo PS
As atuais previsões macroeconómicas para Portugal, recentemente divulgadas pelo Governo, projetam um crescimento mais modesto do que os 2,4% prometidos pela AD para 2025. Esta diferença suscitou uma reação imediata por parte do PS, que acusa o Executivo de criar expectativas infundadas durante a campanha eleitoral.
Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar socialista, classificou o cenário apresentado pela AD como “irrealista”, reforçando a tese de que os cálculos usados para suportar promessas eleitorais estavam desfasados da realidade económica do país. Esta crítica reflete-se também nos receios quanto à preparação do próximo orçamento.
PS considera que políticas da AD inviabilizam metas
Além do cenário macroeconómico em si, o PS aponta falhas nas políticas públicas levadas a cabo pela AD. Elementos como as alterações à legislação laboral e à Lei de Bases da Saúde levantam preocupações quanto aos seus impactos no sistema económico e social.
Segundo Brilhante Dias, o Governo garantiu que mudanças profundas nestas áreas não estarão presentes na proposta do próximo Orçamento, a apresentar até 10 de outubro. No entanto, o PS mantém reservas sobre a execução prática desses compromissos.
Impactos no Orçamento do Estado 2026 e críticas políticas
PS avisa que pode travar medidas no Parlamento
O cenário de crescimento económico abaixo das previsões tem implicações diretas na viabilidade do Orçamento do Estado para 2026. José Luís Carneiro, secretário-geral do PS, assegurou que o partido bloqueará quaisquer medidas que envolvam alterações no Código do Trabalho sem concertação social prévia.
Esta posição endurece a posição dos socialistas no debate político orçamental e antevê-se um processo legislativo exigente. A divergência pode comprometer medidas estruturais previstas pela coligação, destacando um conflito que extravasa a mera discrepância de números.
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