Ekonomista
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06 Set, 2025 - 21:00

Duodécimos no Orçamento de Estado: uma solução legítima segundo António Filipe

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António Filipe defende duodécimos no orçamento se necessário, priorizando bem-estar das pessoas face à estabilidade política.

Num contexto de crescente debate em torno dos duodécimos no orçamento de estado, António Filipe, candidato às eleições presidenciais de Portugal em 2026, vem desdramatizar essa possibilidade.

Para o antigo deputado comunista, aplicar o orçamento em duodécimos é uma ferramenta legítima quando em causa está a proteção do bem-estar das pessoas. Numa altura em que as propostas orçamentais e a estabilidade governativa voltam à agenda nacional, o discurso de Filipe destaca uma perspetiva humanista que prioriza o impacto social sobre as conveniências políticas.

Finanças públicas e orçamento em duodécimos

Um mecanismo constitucional para garantir continuidade

Durante a sua participação na Festa do Avante de 2025, António Filipe reforçou que o país não deve temer a aplicação dos duodécimos no orçamento de estado. Este regime, previsto pela legislação portuguesa, permite a continuidade das despesas públicas com base no orçamento anterior, até que um novo seja aprovado na Assembleia da República.

Filipe afirmou que o foco político deve estar no conteúdo das propostas orçamentais e não numa ideia acrítica de estabilidade governativa. “Dramatiza-se demasiado esta alternativa“, afirmou, rejeitando a ideia de que recorrer aos duodécimos é sinónimo de colapso político. Para ele, aprovar más propostas apenas para evitar instabilidade é que seria verdadeiramente prejudicial para as finanças públicas e para o futuro do país.

Comunicação social e equidade nas eleições presidenciais

Outra preocupação demonstrada por António Filipe prende-se com a equidade mediática no decorrer da campanha para as eleições presidenciais em Portugal. O candidato questiona a ausência de pluralismo nos espaços de debate promovidos por entidades como o Instituto +Liberdade, onde segundo ele, só se incluem figuras com visões neoliberais. Refere, com preocupação, que a sessão de apresentação da sua candidatura no Porto contou apenas com a presença de um meio de comunicação, contrastando com a ampla atenção dada a outros candidatos.

Segundo Filipe, esta assimetria compromete o princípio democrático da igualdade de oportunidades entre os candidatos presidenciais portugueses. Exige, por isso, que os órgãos de comunicação social desempenhem o seu papel com responsabilidade e garantam visibilidade justa para todas as vozes políticas, especialmente em períodos eleitorais tão decisivos.

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