Share the post "Eleições Autárquicas de 2025: recorde de listas e diversidade política"
As Eleições Autárquicas de 2025 prometem ser um marco no panorama político local em Portugal. Com mais de 12.800 listas apresentadas, este sufrágio destaca-se pela ampla participação de partidos, coligações e movimentos independentes em todos os níveis da administração autárquica.
Os portugueses irão às urnas a 12 de outubro para eleger os representantes de 308 câmaras municipais, assembleias municipais e mais de 3.200 freguesias. Esta diversidade reforça a importância do poder local e a crescente competitividade entre os diferentes atores políticos.
Candidatos autárquicos por partido e movimentos independentes em destaque
A corrida às Eleições Autárquicas envolve um total de 817 entidades políticas, incluindo partidos, coligações e grupos de cidadãos eleitores (GCE). Estes últimos, também conhecidos como movimentos independentes, constituem uma fatia significativa, representando 618 candidaturas exclusivas — uma das maiores de sempre na história autárquica portuguesa.
Em destaque também estão as 181 coligações formadas para o sufrágio, além das 18 forças partidárias que concorrem de forma autónoma. Este leque abrangente reforça um cenário eleitoral plural, onde a representatividade territorial está no centro do debate.
Grupos de cidadãos nas autárquicas e coligações partidárias nas eleições locais
Ao nível das Assembleias de Freguesia, foram apresentadas aproximadamente 9.750 listas: 5.499 por partidos, 3.337 por coligações e 914 por grupos de cidadãos. Este nível autárquico continua a ser o mais concorrido, refletindo a importância das freguesias na gestão direta da vida comunitária.
Quando falamos de Assembleias Municipais, a distribuição também é expressiva, com 1.524 listas candidatas: 921 de partidos, 504 de coligações e 99 de GCE. Já para as Câmaras Municipais, o núcleo do poder local, registaram-se 1.588 listas — com os partidos a liderarem, com 990 candidaturas, seguidos das coligações (498) e dos grupos de cidadãos (100).
Distribuição de listas por concelho
Os dados da Comissão Nacional de Eleições revelam que o PSD apresenta-se em 86,5% dos órgãos em disputa (3.321 de 3.837), seja isoladamente ou em coligação. O PS participa em 3.149 candidaturas (82%). A CDU está presente em 2.180 órgãos (56,8%) e o Chega em 1.619 (42,1%).
O Chega apresenta listas em 307 das 308 Câmaras Municipais, o que perfaz 99,6% de cobertura — superando partidos tradicionais como o PS (298), o PSD (293) e a CDU (299). Também nas Assembleias Municipais, a CDU mantém uma presença significativa com 304 listas, acima do PS (297) e PSD (293).
Nas freguesias, o PSD lidera com 2.735 candidaturas (84,9%), seguido do PS (2.554 – 79,2%), da CDU (1.577 – 48,9%) e do Chega (1.064 – 33%).
Importa referir que 37 freguesias terão eleições por plenário devido ao reduzido número de eleitores (menos de 150 votantes), o que evidencia os desafios demográficos enfrentados por regiões do interior do país.
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