Share the post "Eleições autárquicas Porto 2025: mobilidade e habitação em foco"
As eleições autárquicas de 2025 aproximam-se a passos largos e com elas surgem as primeiras propostas, promessas e polémicas. Duas preocupações estão no centro do debate: a mobilidade urbana no Porto e o difícil acesso à habitação. As candidaturas – partidárias ou independentes – procuram apresentar soluções concretas para problemas reais dos portuenses. Mas será que as promessas chegam?
Mobilidade urbana no Porto no centro das propostas eleitorais
Metrobus, VCI e transportes: visões para uma cidade em movimento
Num Porto cada vez mais congestionado, a mobilidade urbana é tema prioritário na pré-campanha. Pedro Duarte, apoiado por PSD, CDS-PP e IL, atacou a expansão do projeto Metrobus e mobilizou cidadãos com uma petição contra a nova fase da linha na Avenida da Boavista.
Em contraste, o independente António Araújo propõe infraestruturas ambiciosas, como um túnel subaquático entre Afurada e Porto, revivendo velhos projetos esquecidos. Uma proposta disruptiva, mas envolta em dúvidas quanto à viabilidade técnica e financeira.
Outras candidaturas focam-se na requalificação da rede de transportes públicos, no alívio do tráfego na VCI e na exigência de maior protagonismo para o Norte em decisões como a linha de alta velocidade – pontos destacados por Filipe Araújo, atual vice-presidente e também candidato independente.
Propostas para habitação acessível no Porto ainda carecem de estrutura
Promessas abundam, planos concretos escasseiam
Com o custo da habitação em máximos históricos, a maioria dos partidos e movimentos apresenta intenções para fomentar a habitação acessível no Porto. PS, Bloco de Esquerda e movimentos independentes partilham o apelo à construção de novos fogos e ao arrendamento controlado.
No entanto, as propostas continuam genéricas. Falta detalhe sobre localização, fases do projeto ou mecanismos de financiamento. A pressão aumenta para que os candidatos apresentem planos sólidos durante os debates políticos locais que se avizinham. No horizonte, a urgência de responder ao êxodo de jovens e famílias expulsos pelo preço do metro quadrado.
Candidaturas independentes e polémicas movimentam a pré-campanha
Figuras novas, rostos conhecidos e debates mediáticos
As candidaturas independentes autárquicas ganham força no Porto. Filipe Araújo procura dar continuidade ao legado de Rui Moreira, mas com liderança própria. António Araújo aposta na inovação, tentando captar um eleitorado cansado dos partidos tradicionais. A diversidade de propostas dá cor a uma campanha que promete ser intensa.
Mas nem tudo corre de forma pacífica. O anúncio de Pedro Duarte coincidiu com uma visita oficial ao Mercado do Bolhão, gerando críticas e suspeitas de aproveitamento institucional. Mais tarde, um incidente no festival Primavera Sound levou à saída do seu diretor de campanha. Já Aníbal Pinto, candidato da Nova Direita, envolveu-se numa polémica campanha eleitoral ao lançar notas com um drone, ação reportada à Procuradoria-Geral.
No leque de candidatos à Câmara Municipal do Porto incluem-se ainda Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU), Sérgio Aires (BE) e Miguel Corte-Real (Chega). A CDU apresenta até agora a única mulher a liderar uma candidatura.
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