Ekonomista
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22 Jul, 2025 - 10:30

Eleições Presidenciais 2026: Gouveia e Melo em queda e Seguro em forte ascensão

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Gouveia e Melo perde liderança nas eleições presidenciais de 2026. Seguro e Mendes aproximam-se rapidamente.

A disputa pelas eleições presidenciais em 2026 aquece com desenvolvimentos inesperados. Enquanto Henrique Gouveia e Melo vê a sua popularidade cair acentuadamente nas sondagens, António José Seguro regista uma subida significativa, colocando-se como forte candidato à segunda volta.

Com cenários de empate técnico e mudanças rápidas nas intenções de voto, este ciclo presidencial já se posiciona como um dos mais disputados da democracia portuguesa. Saiba neste artigo quem sobe, quem desce e como se posicionam os principais candidatos às presidenciais de 2026.

Queda de Gouveia e Melo abre cenário competitivo

A candidatura de Henrique Gouveia e Melo, que inicialmente dominava as sondagens presidenciais Portugal, enfrenta agora um momento crítico. Os dados mais recentes revelam uma perda de 6,7 pontos percentuais no apoio popular, passando de 27,3% para 20,6% entre junho e julho. Esta quebra significativa abre margem para os adversários se aproximarem numa corrida onde qualquer deslize pode redefinir o rumo da campanha.

Esta descida coloca Gouveia e Melo mais próximo de dois candidatos em subida: António José Seguro e Luís Marques Mendes. Com a margem de erro situada nos 4%, instala-se um cenário de empate técnico entre os principais nomes da corrida a Belém, reforçando a intensidade da disputa.

António José Seguro cresce nas sondagens presidenciais

Um dos fenómenos mais marcantes das mais recentes sondagens é a ascensão de António José Seguro. O ex-líder do PS, após anunciar oficialmente a sua candidatura, subiu de 11% para 16,5%, um aumento notável de 5,5 pontos percentuais em apenas um mês.

Este crescimento revela uma reconfiguração nas preferências do eleitorado, especialmente entre os indecisos e antigos apoiantes de Gouveia e Melo. A estagnação de Luís Marques Mendes — que recua ligeiramente de 18,5% para 17,2% também contribui para essa reorientação do voto.

Se a tendência se mantiver, Seguro poderá juntar-se ao grupo dos favoritos, consolidando-se como um dos candidatos presidenciais de 2026 com maior progressão. É neste contexto imprevisível que a segunda volta se torna cada vez mais provável.

André Ventura e o impacto para a segunda volta

André Ventura mantém uma trajetória de crescimento moderado nas sondagens, atingindo 10,6% em julho face aos 8,4% registados em junho. Contudo, apesar do seu eleitorado fiel, Ventura continua a enfrentar resistência significativa por parte do centro e da esquerda portuguesa, o que compromete as hipóteses de passagem à segunda volta.

Ao contrário de outros candidatos institucionais, Ventura continua a polarizar o eleitorado. Em cenários de segunda volta, o líder do Chega é derrotado de forma expressiva, como demonstrado num confronto direto em que Gouveia e Melo venceria por 63,4%.

Cenário eleitoral aponta para possível segunda volta nas presidenciais de 2026

A possibilidade de segunda volta nas eleições presidenciais de 2026 em Portugal aumenta ainda mais quando se observam os cenários entre os candidatos de centro: Gouveia e Melo enfrenta empates técnicos com Luís Marques Mendes (40,4% vs 39,6%) e com António José Seguro (41,6% vs 38,1%). Já entre Seguro e Mendes, a diferença é mínima — 39,6% contra 38% — revelando um país politicamente dividido e indeciso.

Para além dos protagonistas principais, novas figuras começam a ganhar alguma expressão, como António Filipe (3,8%) e Mariana Mortágua (3,6%), potenciando uma maior fragmentação à esquerda. Também ganha relevância a possibilidade de entrada de João Cotrim de Figueiredo.

Por fim, é importante destacar o decréscimo do número de indecisos, que passa de 23,2% para 16,8%, refletindo maior consolidação das preferências eleitorais à medida que nos aproximamos do sufrágio.

Corrida presidencial de 2026 continua aberta e imprevisível

As eleições presidenciais de 2026 estão longe de ter um vencedor antecipado. A queda acentuada de Gouveia e Melo e o crescimento de António José Seguro abrem espaço para uma disputa mais nivelada e imprevisível. A possibilidade de uma segunda volta aumenta, enquanto novas figuras políticas testam terreno. O eleitorado está em transição e qualquer novo desenvolvimento pode alterar drasticamente o cenário.

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