Miguel Pinto
Miguel Pinto
05 Set, 2025 - 11:53

Tragédia do Elevador da Glória: já se sabe a nacionalidade das vítimas

Miguel Pinto

Foram divulgadas as nacionalidades das 16 vítimas mortais do desastre do Elevador da Glória, em Lisboa.

desastre do elevador da glória

Já são conhecidas as nacionalidades das dezasseis vítimas mortais do acidente com o Elevador da Glória, em Lisboa. Entre os mortos contam-se cinco portugueses, dois sul-coreanos, um suíço, três britânicos, dois canadianos, um ucraniano, um americano e um francês. segundo confirmou a Polícia Judiciária.

O acidente ocorreu na tarde de quarta-feira, 3 de setembro, pouco depois das 18h00, quando alegadamente um cabo estrutural de segurança se partiu e fez com que o carro número um do funicular descesse descontroladamente a Calçada da Glória.

A composição acabou por embater num edifício localizado no cotovelo da rua, provocando um cenário de destruição que rapidamente mobilizou bombeiros, equipas médicas e forças policiais.

No local morreram quinze pessoas, incluindo o guarda-freio André Marques, e mais uma vítima viria a sucumbir aos ferimentos já durante a madrugada. Além dos mortos, há ainda vinte e três feridos, alguns deles em estado grave, internados em diferentes hospitais da capital.

Elevador da Glória: ícone de Lisboa

O Elevador da Glória, inaugurado em 1885 e classificado como Monumento Nacional desde 2002, é um dos ícones de Lisboa, ligando a Praça dos Restauradores ao Bairro Alto.

Transporta cerca de três milhões de passageiros por ano e é gerido pela Carris. A empresa assegurou que todas as inspeções e manutenções estavam em dia, tendo sido realizada uma revisão completa no ano anterior e uma verificação visual no próprio dia do acidente.

Apesar disso, as primeiras análises apontam para uma falha estrutural no cabo como a origem provável do desastre, embora as conclusões finais dependam da investigação que se encontra em curso.

As autoridades abriram inquéritos múltiplos, envolvendo o Ministério Público, a Polícia Judiciária, a Polícia de Segurança Pública, o GPIAAF, a Autoridade para as Condições do Trabalho e o Instituto Nacional de Medicina Legal.

O primeiro-ministro Luís Montenegro classificou o acidente como uma das maiores tragédias humanas da história recente do país e, em homenagem às vítimas, foi decretado um dia de luto nacional. A Câmara Municipal de Lisboa decidiu prolongar o luto por três dias no concelho.

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