Share the post "Tragédia do Elevador da Glória: já se sabe a nacionalidade das vítimas"
Já são conhecidas as nacionalidades das dezasseis vítimas mortais do acidente com o Elevador da Glória, em Lisboa. Entre os mortos contam-se cinco portugueses, dois sul-coreanos, um suíço, três britânicos, dois canadianos, um ucraniano, um americano e um francês. segundo confirmou a Polícia Judiciária.
O acidente ocorreu na tarde de quarta-feira, 3 de setembro, pouco depois das 18h00, quando alegadamente um cabo estrutural de segurança se partiu e fez com que o carro número um do funicular descesse descontroladamente a Calçada da Glória.
A composição acabou por embater num edifício localizado no cotovelo da rua, provocando um cenário de destruição que rapidamente mobilizou bombeiros, equipas médicas e forças policiais.
No local morreram quinze pessoas, incluindo o guarda-freio André Marques, e mais uma vítima viria a sucumbir aos ferimentos já durante a madrugada. Além dos mortos, há ainda vinte e três feridos, alguns deles em estado grave, internados em diferentes hospitais da capital.
Elevador da Glória: ícone de Lisboa
O Elevador da Glória, inaugurado em 1885 e classificado como Monumento Nacional desde 2002, é um dos ícones de Lisboa, ligando a Praça dos Restauradores ao Bairro Alto.
Transporta cerca de três milhões de passageiros por ano e é gerido pela Carris. A empresa assegurou que todas as inspeções e manutenções estavam em dia, tendo sido realizada uma revisão completa no ano anterior e uma verificação visual no próprio dia do acidente.
Apesar disso, as primeiras análises apontam para uma falha estrutural no cabo como a origem provável do desastre, embora as conclusões finais dependam da investigação que se encontra em curso.
As autoridades abriram inquéritos múltiplos, envolvendo o Ministério Público, a Polícia Judiciária, a Polícia de Segurança Pública, o GPIAAF, a Autoridade para as Condições do Trabalho e o Instituto Nacional de Medicina Legal.
O primeiro-ministro Luís Montenegro classificou o acidente como uma das maiores tragédias humanas da história recente do país e, em homenagem às vítimas, foi decretado um dia de luto nacional. A Câmara Municipal de Lisboa decidiu prolongar o luto por três dias no concelho.