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O incumprimento das metas de limpeza florestal em Portugal levanta sérias preocupações num cenário de agravamento das alterações climáticas e aumento do risco de incêndios. O partido Livre questiona o Governo liderado por Luís Montenegro, exigindo respostas concretas e mais investimento.
Este artigo mostra o que está em causa: desde o perigo iminente de grandes fogos em 2025, à urgente necessidade de políticas sustentáveis para proteger o território e as suas comunidades.
Alterações climáticas em Portugal e os desafios da gestão florestal sustentável
Clima extremo agrava cenários de incêndio
Portugal está a enfrentar um ciclo cada vez mais intenso de fenómenos climáticos extremos. O relatório da AGIF indica que, sem intervenção eficaz, podem arder até 750 mil hectares num único ano. Este risco torna ainda mais crítica a gestão florestal sustentável, especialmente em zonas já afetadas pela desertificação e pelo abandono rural.
A falta de limpeza contínua dos terrenos aumenta a acumulação de material combustível, potenciando incêndios de grande escala. A conjugação do clima seco e dos ventos fortes cria as condições ideais para tragédias ambientais, económicas e sociais, especialmente se as florestas continuarem vulneráveis.
Metas falhadas e corte no investimento contra incêndios
O Governo comprometeu-se a limpar um milhão de hectares entre 2020 e 2024. No entanto, os dados mais recentes mostram que apenas 400 mil foram intervencionados. Para o Livre, este incumprimento das metas de limpeza florestal em Portugal é o reflexo de deficiências claras na gestão dos recursos e da política ambiental.
O partido também critica o corte no financiamento ambiental, que terá impacto direto na prevenção de fogos. Numa altura em que já se antecipa uma época crítica de incêndios florestais em 2025, falhar este objetivo compromete tanto a adaptação às mudanças climáticas como a proteção das populações.
Políticas ambientais do Governo Montenegro e reação da oposição
Plano Nacional de Ação estagnado
Após os trágicos eventos de 2017, foi criado o Plano Nacional de Ação Florestal com o objetivo de prevenir catástrofes semelhantes. Contudo, segundo o Livre, este plano está estagnado, sem medidas concretas implementadas em larga escala.
O partido exige clareza sobre as medidas florestais do Governo Montenegro e apela à “mobilização urgente da sociedade, dos apoios financeiros e das políticas públicas“. Para isso, quer saber que outras fontes de financiamento ambiental em 2025 estão a ser consideradas e como o Governo tenciona cumprir os objetivos de longo prazo até 2030.
Críticas ao corte de recursos e foco em ações imediatas
Além da vertente florestal, o Livre tem pressionado o Governo noutras áreas, como no caso do Plano Nacional de Leitura. O partido procura saber os motivos por trás da estagnação de programas essenciais e da redução orçamental em projetos de interesse público.
Num contexto onde a frequência e intensidade dos incêndios já mostram sinais de agravamento, continuar com cortes e adiamentos é colocar o país em risco. É preciso assegurar prevenção de incêndios em Portugal de forma robusta, com enfoque na coesão territorial e envolvimento de todas as partes interessadas.
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