Inês de Medeiros recandidata-se à Câmara de Almada com 1.440 novas casas acessíveis em curso

Inês de Medeiros recandidata-se à Câmara de Almada nas eleições autárquicas 2025, anunciando uma estratégia centrada na resolução de problemas estruturais, como a habitação acessível.

Com mais de 1.440 fogos habitacionais entre obras em curso e projetos em fase de preparação, a atual presidente da autarquia promete continuar a transformar o concelho com políticas urbanísticas ambiciosas e um reforço dos serviços públicos. A candidatura do PS Almada reforça o compromisso com soluções para o crescimento sustentável e mais justo do concelho.

Habitação acessível em Almada é prioridade na candidatura

Mais de 1.400 casas públicas em produção

Durante a apresentação oficial da candidatura do PS à Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros destacou a habitação como “o eixo estruturante das políticas públicas locais”. Estão atualmente em construção 620 habitações com apoio do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), a que se somam mais 520 em fase de preparação. A estas, juntam-se 270 fogos também em construção através do Plano de Recuperação e Resiliência e 350 unidades já entregues.

O objetivo é atingir até 2025 mais de 6% de habitação pública em Almada, apontando exemplo nacional no combate à crise habitacional. Esta ação responde diretamente aos problemas de habitação em Almada, que preocupam milhares de residentes, sobretudo jovens e famílias em situação de vulnerabilidade.

Planeamento urbano e revisão do PDM como motor da mudança

A requalificação urbana será reforçada com a revisão do Plano Diretor Municipal de Almada. Segundo a edil socialista, o novo PDM permitirá um ordenamento mais inteligente e sustentável, com incentivos à construção acessível e uma resposta mais eficaz aos desafios habitacionais do concelho. Este instrumento será também determinante para travar a construção desordenada e manter zonas verdes protegidas.

Urbanismo Almada: combate aos bairros ilegais e apelo ao Governo

Penajóia, Raposo e a atuação do IHRU

A candidatura também procura dar resposta a um dos problemas mais críticos de urbanismo em Almada: os bairros ilegais. Inês de Medeiros acusou o IHRU de falhar no controlo e intervenção em zonas como Penajóia e Raposo, onde o crescimento desordenado em terrenos estatais criou focos de habitação precária.

Entre os bairros em situação crítica estão o Bairro Amarelo, o Bairro Branco, o do Matador e o antigo Bairro do Raposo. Segundo a autarca, o município foi impedido de intervir no passado, mas a nova candidatura promete “estar do lado das populações e exigir responsabilidades ao Estado“. A recandidatura de Inês de Medeiros à Câmara de Almada assume este tema como ponto de honra.

Política local de Almada: higiene urbana e cooperação partidária

Gestão de resíduos e críticas à Amarsul

No campo dos serviços públicos, Inês de Medeiros acusou a empresa Amarsul de “onerar os cofres da autarquia” com custos insustentáveis com a higiene urbana em Almada. Segundo a edil, mais de 80% do orçamento da área é absorvido pela empresa, sem retorno equivalente, enfraquecendo a capacidade de resposta local.

A recandidatura inclui como medida a revisão do modelo de gestão, para permitir que os municípios tenham maior autonomia na gestão dos resíduos, melhorando o serviço prestado à população.

Coligação democrática contra extremismos

Inês de Medeiros apelou ainda à união das forças moderadas e democráticas no concelho, para evitar o crescimento de discursos extremistas ou divisionistas em Almada. O atual executivo funciona com o apoio de uma coligação entre PS Almada e PSD, que tem assegurado estabilidade administrativa e governativa.

Com mais de 184 mil habitantes e localização estratégica na Área Metropolitana de Lisboa, Almada é vista como um caso de sucesso na política local, com capacidade de inovar na descentralização e responder às especificidades dos diferentes territórios do concelho.

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