Share the post "Ministra da Administração Interna sob pressão para se demitir após polémica dos incêndios"
A demissão da ministra da Administração Interna tornou-se uma exigência direta do Chega, na sequência da reação controversa de Maria Lúcia Amaral durante uma conferência de imprensa sobre a crise dos incêndios florestais em Portugal.
Num momento em que o país enfrenta temperaturas extremas, aumento do número de ocorrências e uma pressão crescente sobre os serviços de emergência, a atuação da ministra expôs fragilidades na resposta do Governo português. Estaremos perante o início de uma nova crise política em Portugal em 2025?
Ministra Maria Lúcia Amaral sob pressão
Falhas na atuação do Ministério da Administração Interna
Uma sucessão de falhas na gestão da proteção civil e na coordenação com os municípios tem alimentado o descontentamento com a atuação do Ministério da Administração Interna. Desde julho, os incêndios em Portugal provocaram dois mortos — incluindo um bombeiro na Covilhã e um ex-autarca da Guarda — e deixaram um rasto de destruição em aldeias, explorações rurais e áreas florestais. A resposta tardia e desorganizada aos apelos de ajuda levou vários autarcas a criticar abertamente a liderança da ministra.
O comportamento de Maria Lúcia Amaral, durante uma conferência em que anunciou a prorrogação do estado de alerta, foi visto como insensível. Após ser questionada sobre o impacto dos incêndios nos municípios afetados, a ministra limitou-se a afirmar “vamos embora“, abandonando o local, gesto entendido por muitos como uma demonstração de desrespeito pelas populações e pelos operacionais no terreno.
Críticas à resposta do Governo aos incêndios florestais
As críticas ao Governo português têm-se intensificado, com o líder do Chega, André Ventura, a exigir publicamente a demissão da ministra da Administração Interna. “O país precisa de liderança e presença no terreno. Quando há mortos, feridos e destruição, não basta prolongar estados de alerta — é preciso agir”, declarou Ventura.
O líder do Chega anunciou ainda a intenção de chamar o primeiro-ministro Luís Montenegro ao Parlamento com caráter de urgência. Segundo Ventura, a resposta governamental foi marcada por omissão, falta de coordenação com os autarcas e ausência de solidariedade com as vítimas. Este episódio reacende não só o debate sobre a gestão dos fogos rurais, mas sobre quem deve liderar a proteção civil em Portugal num momento crítico como este.
Por outro lado, o PS, através de José Luís Carneiro, sugeriu uma abordagem institucional mais estruturada, apelando a Montenegro que convoque de imediato a Comissão Nacional de Proteção Civil. Segundo o socialista, essa medida poderia “restabelecer o comando político da gestão dos fogos” e responder com mais eficácia à crise.
No entanto, para Ventura, esse apelo é insuficiente. “Convocar comissões não resolve a incapacidade de quem está à frente do Ministério“, afirmou, reforçando a necessidade de substituição imediata da ministra. Entretanto, o país continua num quadro de estado de alerta, com dezenas de ocorrências ativas e operacionais exaustos. Os riscos para a proteção civil aumentam a cada dia. Um dos casos mais dramáticos ocorreu na Covilhã, onde um bombeiro ficou gravemente ferido e teve de ser operado de urgência.
A sua opinião conta: concorda com a demissão da ministra da Administração Interna? Partilhe este artigo e deixe o seu comentário abaixo!
- Falta de meios nos incêndios em Portugal gera críticas à Proteção Civil
- Apoio aéreo da União Europeia contra incêndios: solução urgente para Portugal?
- Prevenção de incêndios em Portugal falha? Cabrita alerta Governo
- Combate aos incêndios em Portugal: Catarina Martins exige 5% do PIB para o mundo rural