Share the post "Challenge the bar: a visão da Nova SBE para transformar líderes"
Em 2025, a Nova SBE alcança o 1.º lugar nacional nos rankings do Financial Times em programas executivos, tanto feitos à medida como abertos. No quadro internacional, sobe ao 15.º lugar mundial e destaca-se no 3.º posto global no indicador de “Utilização Futura”, que mede a aplicação continuada do conhecimento adquirido. Estes resultados reforçam a reputação da escola e consolidam o seu estatuto como referência no ensino de liderança e gestão.
Mas, num contexto empresarial cada vez mais exigente, prestígio não é sinónimo automático de impacto. A pergunta que muitas organizações colocam é outra: o que significa, na prática, formar líderes capazes de transformar equipas e resultados?
Entre reconhecimento e impacto real
A ascensão nos rankings aponta para reconhecimento, qualidade pedagógica e relevância internacional. No entanto, as métricas que sustentam estas classificações nem sempre conseguem captar o que acontece depois da formação, seja na transformação da cultura organizacional, na melhoria dos processos de tomada de decisão ou na evolução real do desempenho das equipas. É justamente nesse intervalo — entre o reconhecimento externo e a transformação interna — que reside o principal debate.
A Nova SBE afirma ter uma abordagem orientada para a realidade das empresas, através de processos de co-criação que envolvem gestores, equipas e corpo docente. A promessa é clara: cada programa nasce de necessidades concretas e devolve resultados aplicáveis no terreno. Porém, permanece a questão que muitos líderes colocam em privado: até que ponto esta personalização se traduz numa mudança mensurável, e não apenas numa experiência formativa bem recebida?
Presencial, online, híbrido: até onde se pode esticar a qualidade?
A oferta da Nova SBE Executive Education abrange formatos presenciais, online e híbridos, procurando democratizar o acesso à formação avançada. É uma abertura relevante num país onde grande parte das PME continua afastada deste tipo de investimento. Mas surge outro dilema: a flexibilidade compromete a profundidade ou amplia, de facto, a qualidade da aprendizagem para novos públicos?
Entre as soluções executivas, um dos formatos mais promovidos são os Management Retreats, experiências imersivas que retiram líderes do quotidiano para repensar estratégias e realinhar prioridades. Para alguns, são momentos essenciais de clarificação e tomada de decisão. Para outros, levanta-se uma dúvida legítima: estas imersões geram impacto operacional verificável ou funcionam sobretudo como pausas de reflexão e networking?
A Nova SBE responde com números, rankings e casos de aplicação. Mas o debate continua aberto para qualquer empresa que olha para a formação executiva não como um ritual de prestígio, mas como um investimento que deve demonstrar retorno concreto.
Em conversa com a Nova SBE Executive Education
Falámos com a equipa da Nova SBE Executive Education sobre o que está por detrás deste sucesso e como é que a escola está a transformar a forma como se faz formação executiva. Nesta conversa, explorámos temas que tocam o futuro da liderança, o papel dos rankings, a importância da mobilidade internacional e a integração da sustentabilidade na formação de gestores.
Ekonomista: Os rankings internacionais refletem impacto real ou prestígio?
Nova SBE Executive Education: Os rankings do Financial Times avaliam critérios como satisfação dos participantes, progressão de carreira e aplicação futura do conhecimento. Estes indicadores oferecem uma leitura relevante da qualidade e continuidade do impacto formativo. No entanto, não captam totalmente a transformação específica dentro das empresas portuguesas. Ou seja, reforçam a reputação internacional da escola, mas não substituem a necessidade de avaliar resultados concretos no contexto organizacional.
Ekonomista: Como se mede o verdadeiro retorno do investimento?
Nova SBE Executive Education: Para além da opinião dos participantes, o retorno é medido através da aplicação prática de projetos e mudanças de comportamento em contexto de trabalho, bem como do impacto em processos de tomada de decisão. A Nova SBE Executive Education trabalha com empresas para avaliar resultados antes e depois dos programas, identificando ganhos em alinhamento estratégico, eficiência e liderança. Ainda assim, o setor reconhece que o desafio está em quantificar estes efeitos de forma sistemática e comparável entre organizações.
Ekonomista: Como a co-criação assegura resposta às necessidades reais das empresas?
Nova SBE Executive Education: A co-criação envolve diagnóstico inicial, definição de objetivos e desenho conjunto do programa. Esta colaboração permite partir da realidade concreta das equipas, evitando conteúdos genéricos. O processo garante que a formação não responde a tendências abstratas, mas a desafios específicos, como reorganizações internas, expansão de mercados ou desenvolvimento de lideranças intermédias.
Ekonomista: Existem mecanismos independentes de acompanhamento dos alumni?
Nova SBE Executive Education: A escola acompanha alumni e recolhe informação sobre carreira e evolução profissional ao longo do tempo. Contudo, não existe um sistema independente universal, comum ao setor, que meça o impacto organizacional de forma padronizada. É uma área onde há espaço para maior externalidade e transparência, sobretudo quando se fala em “impacto duradouro”.
Ekonomista: A flexibilidade dos formatos compromete a profundidade?
Nova SBE Executive Education: A oferta presencial, online e híbrida permite abranger diferentes perfis de profissionais, sem afastar quem se encontra fora dos grandes centros urbanos ou em agendas complexas. A Nova SBE sustenta que a qualidade se mantém pela utilização de metodologias colaborativas e casos reais. A questão permanece aberta: a flexibilidade amplia o acesso, mas a preferência de muitos líderes continua a recair no contacto presencial para aprendizagens avançadas.
Ekonomista: Os Management Retreats geram resultados práticos ou apenas reflexão?
Nova SBE Executive Education: Os Management Retreats criam espaço para parar, realinhar e decidir, algo raramente possível no quotidiano das empresas. São estruturados para que os planos definidos sejam aplicados de imediato após o regresso às funções. No entanto, o impacto efetivo depende do compromisso das equipas em transformar decisões tomadas em ação continuada. A reflexão é ponto de partida; a execução determina o valor real.
Ekonomista: Como os princípios ESG são integrados nos programas?
Nova SBE Executive Education: A sustentabilidade é tratada como parte integrante da formação, e não como módulo isolado. São utilizados estudos de caso e situações reais que exigem decisões com impacto ambiental, social e de governança. O objetivo é formar líderes que considerem responsabilidade e impacto como critérios fundamentais de gestão, e não como obrigação reputacional.
Ekonomista: Existem dados concretos sobre empregabilidade e progressão?
Nova SBE Executive Education: Os resultados nos rankings, nomeadamente o 3.º lugar mundial em “Utilização Futura”, sugerem que o conhecimento adquirido é aplicado ao longo do tempo. Há também indicadores positivos de progressão de carreira e mobilidade profissional entre alumni. Contudo, tal como no resto do setor, os dados que associam diretamente a formação à transformação organizacional são menos estandardizados e mais dependentes do acesso às empresas.
Ekonomista: Qual a representatividade das PME e o impacto disso?
Nova SBE Executive Education: As grandes empresas têm maior presença nos programas executivos, devido à capacidade de investimento. Contudo, o impacto no tecido empresarial português requer uma participação mais expressiva das PME, que constituem a maioria da economia nacional. A expansão de formatos flexíveis pode facilitar esse acesso, aproximando formação avançada da realidade das pequenas e médias organizações.
Ekonomista: De que forma as parcerias internacionais aumentam valor?
Nova SBE Executive Education: As parcerias com outras business schools e empresas internacionais expõem participantes a diversidade cultural, novos mercados e práticas globais, competências cada vez mais necessárias num contexto competitivo internacional. Esta dimensão internacional enriquece a aplicabilidade das soluções e amplia a capacidade de adaptação dos líderes formados.
A fasquia está levantada. E agora?
Para a Nova SBE, “We challenge the bar” não é apenas um lema, é um compromisso diário com a qualidade e a inovação. A questão que se coloca agora é a forma como esse compromisso se traduz, de forma visível, nas organizações que confiam na escola para desenvolver as suas lideranças.
O prestígio e os resultados nos rankings estão à vista; o desafio passa por tornar igualmente claro o impacto real no terreno, na cultura das equipas, nas decisões estratégicas e na capacidade de adaptação das empresas. O debate continua aberto, e talvez seja precisamente aí que começa a verdadeira transformação.