O XXV Governo Constitucional de Portugal, liderado por Luís Montenegro, foi oficialmente indigitado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a 29 de maio de 2025.
Esta decisão surge na sequência das eleições legislativas de 2025, nas quais a Aliança Democrática (AD), coligação de centro-direita composta pelo PSD e CDS-PP, obteve uma maioria relativa na Assembleia da República, com 86 deputados eleitos.
O Chega assume-se agora como o segundo grupo parlamentar da Assembleia da República, com 60 deputados, ultrapassando os 58 conquistados pelo Partido Socialista.
Luís Montenegro apresentou os nomes ao Chefe de Estado, numa lista que não apresenta grandes novidades.
Novo governo: aposta na continuidade
O novo executivo mantém a estrutura governativa do anterior (XXIV Governo), com 17 ministérios e um total de 40 secretarias de Estado. A tomada de posse está prevista para amanhã, dia 5 de junho, às 18h00, no Palácio de Belém.
Fique a saber a composição do novo governo:
- Primeiro-Ministro: Luís Montenegro
- Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: Paulo Rangel
- Ministro de Estado e das Finanças: Joaquim Miranda Sarmento
- Ministro da Presidência: António Leitão Amaro
- Ministro Adjunto e da Reforma do Estado: Gonçalo Matias
- Ministro dos Assuntos Parlamentares: Carlos Abreu Amorim
- Ministro da Defesa Nacional: Nuno Melo
- Ministra da Justiça: Rita Júdice
- Ministra da Administração Interna: Maria Lúcia da Conceição Amaral
- Ministro da Educação, Ciência e Inovação: Fernando Alexandre
- Ministra da Saúde: Ana Paula Martins
- Ministro das Infraestruturas e Habitação: Miguel Pinto Luz
- Ministro da Economia e Coesão Territorial: Manuel Castro Almeida
- Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: Maria Palma Ramalho
- Ministra do Ambiente e Energia: Maria da Graça Carvalho
- Ministro da Agricultura e Mar: José Manuel Fernandes
- Ministra da Cultura, Juventude e Desporto: Margarida Balseiro Lopes
Como se pode constatar, este governo reflete uma continuidade em relação ao anterior, mantendo a maioria dos ministros nos seus cargos.
A coligação AD governa em minoria, mas conta com uma maioria de Direita no parlamento, que pode ser decisiva para o avançar de algumas medidas.
No entanto, a nova legislatura apresenta-se como um desafio para Luís Montenegro, que terá de equilibrar as exigências de uma governação eficaz com a necessidade de consensos parlamentares, num cenário político marcado pela fragmentação e pelo crescimento da extrema-direita.
E as novidades que se aproximam no horizonte em termos económicos também não são muito animadoras.