Share the post "Onde a sua mala está (quase) sempre segura? Portugal não lidera, mas entra no ranking"
Roubo de malas, extravio e demoras na recolha: quem viaja de avião já tem estas preocupações na mala antes mesmo de fazer o check-in. Mas há aeroportos onde o risco é (quase) nulo. E não, nenhum deles fica em Portugal.
Segundo um novo estudo da AirAdvisor, a segurança na zona de recolha de bagagens varia bastante de aeroporto para aeroporto. A empresa analisou 53 terminais aéreos à escala global e identificou os 10 mais eficazes a garantir que os passageiros e as suas malas se reencontram sem dramas.
Australia lidera. Lisboa, nem por isso
No topo da lista está o aeroporto internacional de Darwin, na Austrália. Curto tempo de caminhada, quase nenhuma reclamação e uma pontuação de risco invejável. A seguir, surge Cardiff, no Reino Unido, e Tijuana, no México. Países diferentes, uma coisa em comum: poucos problemas com malas.
Portugal? Aparece, mas só lá para o fim. O Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, ficou na 31.ª posição. Nada desastroso, mas longe de ser exemplar. Anton Radchenko, CEO da AirAdvisor, explica: “Portugal não está entre os melhores nem entre os piores. É um risco moderado”. Ou seja, há margem para melhorar.
Como foi feito o ranking?
Não basta contar malas. O estudo da AirAdvisor analisou o tempo de caminhada desde o desembarque até à recolha da bagagem, o volume de passageiros que circulam por cada aeroporto, o número de reclamações online sobre bagagens perdidas ou danificadas e as avaliações deixadas por utilizadores no Google e no Yelp. Cruzando estes fatores, foi calculada uma pontuação de risco para cada aeroporto. Quanto mais baixa, melhor.
Os aeroportos onde as malas quase nunca se perdem
Em primeiro lugar surge Darwin, na Austrália, com um tempo médio de apenas cinco minutos até à recolha da bagagem e uma pontuação de risco de 7,1 — a mais baixa entre todos os aeroportos avaliados. Logo a seguir aparece Cardiff, no Reino Unido, também com cinco minutos de caminhada e uma pontuação de 8,8. O terceiro lugar é ocupado por Tijuana, no México, onde os passageiros esperam cerca de sete minutos para encontrar a mala e enfrentam um risco moderadamente baixo, com 11,8 pontos.
Belfast, na Irlanda do Norte, surge em quarto lugar com uma média de nove minutos e pontuação de 13,3. Em quinto, Adelaide, novamente na Austrália, regista dez minutos até à zona de recolha e uma pontuação de 13,5. Perth, outro aeroporto australiano, oferece um equilíbrio razoável entre fluxo de passageiros e eficiência, com oito minutos e 14,7 pontos.
A seguir, em Nice, França, o tempo de espera sobe para dez minutos, com uma pontuação de 14,8. Guadalajara, no México, iguala o tempo, mas apresenta um risco ligeiramente superior, com 15,0 pontos. Em nono, Glasgow, na Escócia, exige do passageiro cerca de doze minutos de caminhada, alcançando 15,2 pontos. A fechar o top 10, Ottawa, no Canadá, tem os mesmos doze minutos de percurso e repete a pontuação de 15,2, empatando tecnicamente com Glasgow.
E Lisboa?
Lisboa teve uma pontuação total de 23,7. Tempo médio até à recolha: 13 minutos. Com 35 milhões de passageiros por ano, o volume pesa. Há mais reclamações, mais avaliações negativas e mais oportunidades para falhas.
O que fazer se a mala desaparecer?
Perder uma bagagem pode ser mais do que um aborrecimento — pode arruinar a viagem, atrasar compromissos e gerar despesas inesperadas. Mas há solução. Anton Radchenko, CEO da AirAdvisor, lembra que, de acordo com o Regulamento (CE) n.º 889/2002, os passageiros têm direito a uma compensação que pode ir até aos 1.300 euros, sempre que a mala for perdida, danificada ou atrasada por responsabilidade da companhia aérea.
No entanto, há um detalhe crucial: os prazos para reclamar são curtos e variam entre sete e 21 dias, consoante o tipo de incidente. Por isso, assim que perceber que a bagagem não chegou, o melhor é agir de imediato. Deve apresentar a reclamação por escrito junto da transportadora e conservar todos os documentos da viagem — cartão de embarque, talões de bagagem, recibos de despesas essenciais, e qualquer registo de comunicação com a companhia aérea.
Outra dica essencial é documentar tudo com fotografias, caso haja danos visíveis. Isso pode fazer toda a diferença na hora de provar o prejuízo e acelerar o reembolso.
Para quem não sabe por onde começar, há uma ajuda prática: a AirAdvisor criou uma ferramenta online gratuita que permite verificar, em poucos cliques, se existe direito a indemnização. Basta aceder, preencher os dados do voo e seguir os passos indicados.