Miguel Pinto
Miguel Pinto
26 Ago, 2025 - 18:00

Pagamento do IMI: prazo alargado em zonas afetadas pelos fogos

Miguel Pinto

O prazo para pagamento do IMI que termina no final do mês, foi alargado para as zonas mais afetadas pelos incêndios florestais.

O Governo anunciou uma medida excecional destinada a apoiar os contribuintes residentes nas áreas recentemente atingidas pelos incêndios. O prazo para o pagamento do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) será alargado, permitindo às famílias e empresas afetadas algum alívio financeiro face à situação de emergência vivida.

A decisão surge no seguimento da avaliação dos danos causados pelos incêndios, que têm afetado várias regiões do país, destruindo habitações, infraestruturas e gerando impactos significativos na economia local.

“Esta medida pretende garantir que os contribuintes mais vulneráveis não sejam penalizados pelo impacto dos incêndios”, afirmou uma fonte do Governo.

Ainda não foi definida uma nova data limite para o pagamento do imposto. De acordo com o comunicado oficial, será o Ministério das Finanças a estabelecer, nos próximos dias, o calendário atualizado, tendo em consideração a gravidade das situações registadas e a necessidade de dar tempo aos contribuintes para regularizarem as suas obrigações fiscais.

Pagamento do IMI: mitigar efeitos dos incêndios

A medida insere-se num conjunto de ações de caráter extraordinário que têm vindo a ser implementadas pelo Governo para mitigar os efeitos dos incêndios, incluindo apoio financeiro direto às famílias afetadas, incentivos à reconstrução e programas de recuperação económica das regiões devastadas.

Para o executivo, este alargamento do prazo de pagamento do IMI é uma forma eficaz de aliviar temporariamente a pressão financeira sobre os cidadãos e empresas que enfrentam perdas materiais significativas.

No entanto, alertam que será fundamental acompanhar a implementação da medida para garantir que chegue de forma rápida e eficaz a quem mais precisa.

O Governo apelou ainda aos municípios que identifiquem com urgência as áreas mais afetadas, de modo a assegurar que a medida seja aplicada de forma justa e direcionada, evitando desigualdades entre contribuintes.

Destruição pelo fogo

Nos últimos semanas, Portugal tem enfrentado uma das temporadas de incêndios florestais mais severas dos últimos anos, com várias regiões do interior e do litoral norte e centro a serem duramente afetadas.

Este ano já arderam em Portugal quase 279 mil hectares de terreno, o que corresponde a cerca de 3 por cento do território nacional.

Os incêndios, alimentados por temperaturas elevadas, ventos fortes e solos secos, provocaram a destruição de milhares de hectares de floresta, habitações e infraestruturas, além de obrigarem à evacuação de várias localidades.

O balanço provisório aponta para perdas económicas consideráveis, incluindo prejuízos no setor agrícola e na silvicultura, além do impacto social sobre as comunidades afetadas, muitas das quais enfrentam agora a difícil tarefa de reconstruir as suas casas e retomar a atividade económica.

As autoridades destacam a necessidade urgente de reforçar medidas de prevenção e gestão de riscos, incluindo a limpeza de matas e a criação de faixas de contenção, para reduzir a vulnerabilidade do território a futuros incêndios.

A solidariedade nacional e internacional tem sido também crucial, com várias entidades a disponibilizarem apoio imediato às populações atingidas.

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