PAN reage à morte de forcado e pede fim urgente às touradas em Portugal

A morte de Manuel Trindade, jovem forcado de 22 anos, numa tourada no Campo Pequeno, em Lisboa, gerou comoção nacional e reacendeu o apelo do PAN para que sejam abolidas as touradas em Portugal.

Face às acusações difamatórias que circularam nas redes sociais, o partido veio a público clarificar a sua posição e renovar o compromisso com os direitos dos animais e a proteção da vida humana. Esta tragédia serve, segundo o PAN, como mais uma evidência dos riscos e da urgência de debater os limites da tradição tauromáquica.

Touradas, tradição polémica que volta a dividir Portugal

Reação do PAN à morte de forcado em Lisboa

A morte trágica de Manuel Trindade durante a tourada em Lisboa reacendeu o debate entre defensores da tauromaquia e opositores. O partido PAN, conhecido por sua postura crítica face às touradas, foi acusado de celebrar a morte do jovem forcado. Em resposta, o PAN publicou uma nota nas redes sociais onde refutou categoricamente essas insinuações.

“O PAN não se regozijou, nem nunca se regozijaria, com a morte de um jovem em circunstância alguma”, divulgou o partido. Afirmou ainda solidariedade com a família e recordou que, independentemente das diferenças ideológicas, o respeito pela vida humana é inegociável.

Este caso trágico reabriu o debate sobre o envolvimento de jovens em atividades tauromáquicas e a segurança nestes eventos — uma preocupação constantemente sinalizada pelo PAN.

Inês Sousa Real reforça críticas e denuncia insensibilidade nas redes

Inês Sousa Real, deputada única do PAN, pronunciou-se através da rede social X, denunciando a apropriação política insensível da tragédia e reforçando a urgência do fim das touradas. Afirmou que “o divertimento, as ‘tradições’ ou ‘cultura’ não podem estar acima do valor da vida humana ou do bem-estar animal”, reforçando a necessidade de medida política firme sobre a tauromaquia em Portugal.

A deputada lamentou ainda a instrumentalização do sofrimento alheio, sublinhando que o partido atua sempre com empatia e responsabilidade, mesmo perante uma atividade que condena profundamente.

A morte de Manuel Trindade, segundo o partido, não deve ser usada para silenciar a luta pela abolição das touradas, mas sim vista como consequência da exposição de jovens a realidades perigosas.

Consequências trágicas reforçam luta do PAN pelos direitos dos animais

A coincidência de duas mortes na mesma noite — a de Manuel Trindade e a de um espetador de 73 anos, vítima de aneurisma — reforça o impacto que estes eventos podem ter não apenas nos animais envolvidos, mas também nos humanos presentes, sejam participantes ou assistentes.

O PAN sublinha que, mais do que respeitar tradições, é urgente proteger vidas. Por isso, volta a exigir que Portugal cumpra as recomendações do Comité dos Direitos da Criança da ONU e da Ordem dos Psicólogos Portugueses, que alertam para os danos psicológicos da exposição de crianças e jovens à violência tauromáquica.

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