Miguel Pinto
Miguel Pinto
21 Nov, 2025 - 15:30

Preços dos combustíveis: gasóleo sobe 3 cêntimos, gasolina desce

Miguel Pinto

Na próxima semana, quem tem carro a diesel vai sentir na carteira o aumento dos preços dos combustíveis. A gasolina fica na mesma.

preços dos combustíveis

A partir de segunda-feira, os portugueses que forem abastecer vão dar com dois caminhos divergentes nos preços dos combustíveis.

É que o gasóleo sobe cerca de 3 cêntimos por litro, enquanto a gasolina simples 95 desce aproximadamente 1 cêntimo por litro.

Para quem abastece de gasóleo, o valor médio anunciado será 1,639 €/litro, um novo patamar que aumenta a pressão sobre frotas, transportes e utilizadores domésticos que vivem dependentes do motor a gasóleo.

Já os que usam gasolina 95 irão pagar cerca de 1,722 €/litro, um alívio pedagógico, talvez, mas que dificilmente altera drasticamente os orçamentos mensais, especialmente porque outras variáveis como impostos ou margem dos postos se mantêm.

Preço dos combustíveis: razões da divergência

Esta subida do gasóleo ocorre num contexto em que as cotações mundiais se mantêm relativamente estáveis, pelo menos na linha visível, mas as margens e taxas locais puxam para cima.

Para o cidadão comum, isto significa que os custos de mobilidade vão subir para quem anda em veículos a gasóleo.

Em contrapartida, quem usa gasolina tem um pequeno desconto, o que pode aliviar um pouco o orçamento.

Mesmo assim, o efeito global mostra como os preços continuam voláteis e dependentes de fatores externos com grande dose de incerteza.

Assim, a partir da próxima semana será mais caro para alguns, menos para outros. E se estiver a usar gasóleo, convém planear.

Os preços dos combustíveis são puxados por uma série de fatores. O primeiro é o valor do petróleo nos mercados internacionais, que sobe e desce ao sabor de tensões geopolíticas, cortes de produção ou decisões da OPEP.

Depois entra a refinação. Transformar petróleo em gasolina ou gasóleo custa dinheiro, e esses custos variam consoante a capacidade das refinarias, o preço da energia e até paragens técnicas. Tudo isto antes sequer de o combustível chegar ao camião cisterna.

Quando finalmente chega a Portugal, junta-se a carga fiscal, que representa boa parte do preço final, com ISP e IVA à cabeça. Somam-se ainda margens das petrolíferas e da distribuição, custos logísticos, armazenamento e transporte.

Daí que o preço que aparece na bomba é uma espécie de mosaico caótico onde metade são impostos, outra parte são mercados voláteis e o resto é logística.

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