Ekonomista
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03 Ago, 2025 - 13:30

Reconhecimento do Estado da Palestina: BE exige ação urgente e sanções a Israel

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BE defende sanções a Israel e o reconhecimento do Estado da Palestina como resposta a crimes na Faixa de Gaza.

O reconhecimento do Estado da Palestina voltou ao centro do debate político em Portugal. O Bloco de Esquerda (BE) considera que esta medida tem de ser imediata, face às constantes violações dos direitos humanos na região e ao agravamento do conflito israelo-palestiniano.

Recorrendo à argumentação baseada no direito internacional, Mariana Mortágua reforça que Portugal não pode continuar a ignorar o sofrimento palestiniano. Para o BE, reconhecer Palestina agora não é apenas um ato diplomático — é uma obrigação ética perante o alegado genocídio na Faixa de Gaza.

Sanções a Israel: a exigência do Bloco de Esquerda

Mariana Mortágua condena crimes de guerra e silêncio português

Mariana Mortágua declarou recentemente que o reconhecimento do Estado da Palestina deve ser imediato e não pode ser adiado por razões de conveniência política. O Bloco de Esquerda acusa o Governo português de passividade e duplicidade ao defender uma solução de dois Estados enquanto apenas um — Israel — tem reconhecimento diplomático.

Para o BE, a atual política externa portuguesa demonstra incoerência. Mortágua reforça que “é insustentável continuar a adiar uma decisão que corresponde ao respeito pelo direito internacional e pela justiça”. O partido salienta que milhares de civis continuam a morrer na Faixa de Gaza, o que classifica como genocídio, e exige sanções diplomáticas e económicas claras contra Israel.

A líder bloquista acusa ainda o Governo de Luís Montenegro de estar a reagir apenas porque “os ventos estão a mudar” ao nível internacional. Segundo o BE, a posição agora tomada pelo Executivo revela apenas oportunismo e alinhamento com interesses geopolíticos ocidentais, em vez de uma verdadeira solidariedade com o povo palestiniano.

O debate sobre o reconhecimento internacional da Palestina ganha força, sobretudo quando vários países europeus começam a rever as suas posições históricas. Embora o primeiro-ministro tenha anunciado que irá auscultar os partidos e o Presidente da República para uma possível decisão em setembro, o Bloco de Esquerda considera inaceitável esse adiamento. O partido exige ação imediata.

De acordo com Mariana Mortágua, deixar para depois representa uma “cumplicidade ativa” com os crimes de guerra e as violações dos direitos humanos cometidos na região. O Bloco de Esquerda insiste que Portugal deve deixar de ser espectador e tomar uma posição clara, à semelhança de outros países europeus, rompendo com décadas de neutralidade sem consequências práticas.

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