Ekonomista
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28 Jul, 2025 - 14:30

Silêncio do Ocidente sobre Gaza expõe hipocrisia e exige ação

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Silêncio do Ocidente sobre Gaza é inaceitável, diz Marques Mendes. Exige ação, cessar-fogo e fim às violações de direitos humanos.

O silêncio do Ocidente sobre Gaza tem gerado crescente indignação entre figuras políticas e cidadãos preocupados com os direitos humanos. Luís Marques Mendes, candidato à Presidência da República, classificou esse silêncio como “absolutamente inaceitável”, perante a tragédia que se desenrola na Faixa de Gaza.

Com dezenas de civis mortos diariamente — incluindo crianças vítimas da fome — o apelo por um posicionamento firme ganha força. Abordamos o impacto das declarações de Mendes e o apelo urgente à ação de Portugal e da comunidade internacional no contexto do conflito Israel-Palestina.

Gaza e violações dos direitos humanos

São mais de 100 mortes em três dias na Faixa de Gaza, incluindo 21 crianças, vítimas diretas do bloqueio de alimentos e medicamentos. Diante deste cenário, Luís Marques Mendes não poupou palavras para denunciar o agravamento desta tragédia como um possível genocídio em Gaza.

É arrepiante do ponto de vista humano”, sublinhou Mendes, ao referir-se aos ataques reiterados do exército israelita sobre civis indefesos. O alerta intenso visa evidenciar as violações sistemáticas dos direitos humanos em Gaza, que permanecem invisíveis sob o silêncio cúmplice do Ocidente.

Para o político, existe um evidente contraste na forma como a Europa responde a crises internacionais. Enquanto condena firmemente a agressão da Rússia à Ucrânia, age com complacência perante o sofrimento palestiniano. “Não pode haver dois pesos e duas medidas”, frisou, referindo-se à hipocrisia da Europa no tratamento de aliados e adversários.

Este duplo critério mina a credibilidade das democracias ocidentais e fragiliza os princípios universais que estas pretendem defender. Admitindo que Israel é um país amigo, Marques Mendes sublinhou que “os amigos também ouvem verdades”. O silêncio institucional, nesse contexto, transforma-se em complacência.

Portugal, defende o candidato, deve romper com a passividade. O país deve tomar uma posição firme em defesa da vida e da legalidade internacional. Entre as medidas urgentes propostas estão:

– Reconhecimento das violações de direitos humanos em Gaza;
– Apoio ativo ao cessar-fogo imediato;
– Pressão para garantir o acesso da ajuda humanitária à região.

Todas essas reivindicações ganharam respaldo em uma petição assinada por mais de 120 figuras destacadas da sociedade portuguesa. Escritores, músicos, ativistas e ex-governantes uniram-se para exigir ação do Governo português face à escalada da violência. O documento será discutido na Assembleia da República, podendo marcar uma viragem na atitude diplomática de Portugal.

Esta discussão ganha relevância também no panorama político interno, onde a escolha de líderes com projeção global, como o novo governador do Banco de Portugal, reflete a crescente necessidade de capacidade diplomática e sensibilidade internacional.

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