Share the post "PSD nas autárquicas de 2025: coligações e aposta nas cidades-chave"
Com as eleições autárquicas de 2025 a aproximarem-se, o PSD, sob a liderança de Luís Montenegro, apresenta uma estratégia ambiciosa e abrangente. A prioridade é clara: conquistar terreno nas grandes cidades, recuperar influência nas autarquias e reposicionar o partido como força dominante nas políticas locais em Portugal.
Com 156 coligações formalizadas — incluindo uma inédita parceria com a Iniciativa Liberal — o PSD aposta numa renovação alargada, marcada também por apoios a independentes e um reforço na presença feminina. Saiba neste artigo como se desenha o mapa político local e o que está em jogo para o maior partido da oposição.
Coligações PSD 2025 e parcerias estratégicas
A nova aliança com a Iniciativa Liberal e o regresso do CDS
As eleições autárquicas em Portugal surgem com uma nova configuração estratégica para o centro-direita. Das 156 coligações encabeçadas pelo PSD, a maioria (114) foi firmada com o CDS-PP, assinalando uma continuidade na cooperação entre os partidos. A grande novidade é, no entanto, o acordo com a Iniciativa Liberal, com quem o PSD forma seis coligações isoladas e outras 17 em trinómio (com CDS incluído).
Esta união com a IL representa uma viragem tática e um sinal de abertura ideológica, manifestando o esforço de Luís Montenegro para apresentar um bloco alternativo ao PS, sem depender do Chega. O PSD tomou ainda posições em 19 autarquias com o MPT, PPM e outros parceiros locais. Esta diversidade fortalece a rede nacional de candidaturas e sinaliza um compromisso com uma estratégia autárquica coesa e pragmática.
Destaques nas grandes cidades: Lisboa e Porto
Na capital, Carlos Moedas assegura uma recandidatura robusta com apoio reforçado. Se em 2021 a Iniciativa Liberal optou por concorrer de forma autónoma, agora alinha-se com o PSD, o que será determinante para consolidar o executivo municipal num contexto cada vez mais competitivo.
No Porto, a escolha estratégica recai sobre Pedro Duarte, figura destacada no universo social-democrata e ex-deputado, que pretende suceder a Rui Moreira após três mandatos consecutivos.
Candidatos independentes e renovação interna
Apoios a figuras validadas e polémicas nas escolhas locais
O PSD irá apoiar oito candidatos independentes em 2025, incluindo figuras bem conhecidas como Isaltino Morais (Oeiras) e Maria das Dores Meira (Setúbal), antigos autarcas com fortes bases eleitorais. Apesar de algumas resistências internas, a direção nacional acredita que estas colaborações reforçam a competitividade em territórios difíceis.
Na Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes lidera uma lista em coligação com o CDS-PP, sublinhando a continuidade de lideranças independentes com passado partidário.
Esta abertura a perfis externos demonstra a flexibilidade do PSD na construção de candidaturas vencedoras e o compromisso com a renovação dos quadros autárquicos.
Rostos novos e deputados na corrida autárquica
Com a limitação de mandatos a inviabilizar 19 recandidaturas, o PSD aposta em sangue novo para 2025. Casos como Luís Souto Miranda (Aveiro), João Prata (Guarda) ou Guilherme Duarte (Covilhã) ilustram esta mudança geracional. Algumas nomeações geraram divisão interna — como em Espinho — mas são sobretudo vistas como sinais de renovação.
Seis deputados da bancada social-democrata — entre os quais Cristóvão Norte e Sofia Carreiras — decidiram entrar na corrida. Em caso de vitória, estes rostos terão de abandonar o Parlamento, o que demonstra o grau de aposta político-institucional do PSD nestas eleições.
Aumento da representatividade feminina e abrangência territorial
Mulheres em destaque e alcance nacional
O reforço da presença feminina é uma das prioridades na construção das listas autárquicas do PSD. Em 2025, serão 48 as mulheres candidatas à presidência de câmaras municipais, representando cerca de 15% do total. Embora ainda abaixo da paridade, é um sinal de evolução na composição das lideranças locais.
Do ponto de vista territorial, o partido terá listas apresentadas em 305 dos 308 municípios portugueses. As exceções residem no Alentejo, onde a presença social-democrata continua a ser mais ténue. Este esforço de cobertura nacional sublinha o comprometimento do PSD com uma estratégia de proximidade e consolidação da sua rede de autarcas PSD 2025.
Comparativo com 2021 e metas para 2025
Nas eleições autárquicas de 2021, o PSD obteve 114 presidências de Câmara, contra 149 do PS. A diferença de 63 autarquias foi reduzida para apenas 35, revelando uma trajetória ascendente para os social-democratas. Para 2025, o objetivo é claro: recuperar o domínio da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e da Anafre, vitais para a influência a nível local e nacional.
Tal meta exige não apenas mais vitórias eleitorais, mas também a capacidade de afirmação em políticas locais PSD que gerem impacto direto nas comunidades. A construção de soluções sustentáveis, próximas dos cidadãos e ancoradas em lideranças credíveis será a chave nesta nova fase.
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