A tragédia que ocorreu e Lisboa com o Elevador da Glória provocou já 16 mortos, havendo ainda 21 feridos, alguns deles em estado grave.
Os feridos são de, pelo menos, dez nacionalidades, além de portugueses, há cidadãos espanhóis, um sul-coreano, um cabo-verdiano, um italiano, um francês, um suíço, um canadiano e um marroquino. Ainda falta conhecer a identidade de quatro feridos.
De momento, não há nenhuma causa oficial para o acidente, mas tudo indica que o cabo que unia os dois carros se rompeu, comprometendo os travões e provocando o descarrilamento.
Este funicular já tinha sofrido um incidente semelhante em maio de 2018, também atribuído a problemas de manutenção, mas, felizmente, sem causar vítimas.
Tragédia no Elevador da Glória: luto nacional
O governo português decretou luto nacional para hoje, enquanto a Câmara Municipal de Lisboa declarou três dias de luto municipal.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o Presidente da Câmara, Carlos Moedas, expressaram o seu pesar e exigiram respostas rápidas. Várias entidades internacionais, incluindo a Comissão Europeia e lideranças de vários países, também exprimiram condolências.
Foi já aberta uma investigação pelo Ministério Público e o GPIAAF (Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Ferroviários e Aéreos) para apurar as causas deste desastre. A Carris garantiu que seguira todas as rotinas de manutenção, incluindo a intervenção mais recente entre 26 de agosto e 30 de setembro de 2024.
Outros funiculares da cidade (Bica, Lavra, Santa Justa e Graça) foram suspensos preventivamente para inspeções técnicas aprofundadas.
Entretanto, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) acionou um plano de contingência e reforçou as reservas de sangue dos hospitais que deram resposta às vítimas do acidente.
Numa nota enviada à comunicação social, o IPST diz que tem estado a acompanhar a situação das reservas de sangue dos hospitais que deram resposta às vítimas do acidente para garantir resposta a todas as necessidades que surjam.
Este episódio representa uma das maiores tragédias nos transportes públicos de Lisboa nas últimas décadas, referenciando-se como o maior incidente deste género desde a década de 1960.