Travessia fluvial entre Porto e Gaia regressa com viagens diárias até outubro

Depois de anos de interregno, o barco que liga o Cais do Ouro, no Porto, à Afurada, em Gaia, está de volta. Desde o final de junho a operação fluvial retomou a todo o vapor sob gestão da Transportes Metropolitanos do Porto (TMP), com planos até outubro.

O rio volta a unir

É uma viagem curta, mas cheia de significado: em apenas sete a oito minutos, atravessa-se o Douro com vista privilegiada sobre ambas as margens. O serviço vai funcionar todos os dias, com horários adaptados à semana e ao fim de semana. De segunda a quinta-feira, há 13 travessias em cada sentido, entre as 7.30 e as 20 horas. Às sextas, o horário estende-se até às 22 horas, com 15 viagens. Aos sábados, voltam as 13, e aos domingos há 11.

Bilhetes acessíveis e passes válidos

Os passageiros poderão usar o Andante, a 1,40 euros (zona Z2), ou comprar bilhetes a bordo, a 2,25 euros por viagem. Os passes metropolitanos, municipais e cartões como o Porto. e o ViverGaia também são válidos. O barco tem capacidade para 20 passageiros e conta com um validador a bordo, como nos autocarros ou no metro.

Após atravessar o rio, há autocarros da STCP e da Unir à espera para continuar a viagem. Tudo pensado para facilitar a mobilidade na Área Metropolitana do Porto.

Esta operação é um marco para a TMP, presidida por Marco Martins. É a sua primeira aposta fluvial e promete não ser a última. Durante quatro meses, será realizado um estudo de mercado para perceber o verdadeiro potencial desta ligação. Se tudo correr bem, haverá concurso para concessão no final do ano.

Viagem inaugural com pompa e circunstância

Realizou-se no dia 26 de junho uma viagem simbólica, com a presença dos autarcas Rui Moreira e Eduardo Vítor Rodrigues. Os cais utilizados pertencem à APDL, com quem foi estabelecido um protocolo.

Adesão surpreendente e uso recorrente

Desde o arranque do projeto-piloto, a adesão tem superado expectativas: muitos aproveitam o Andante para deslocações diárias ou meramente para passear. Essa frequência reforça o impacto positivo do serviço na mobilidade urbana da região.