As urgências obstetrícia Setúbal estão, mais uma vez, sob alerta máximo. A degradação destes serviços no distrito espelha uma crise no SNS em Setúbal com consequências diretas para grávidas e recém-nascidos.
Com o verão a agravar os problemas estruturais do setor, cresce a pressão sobre o Governo para adotar medidas urgentes. O Partido Socialista (PS) exige uma estratégia robusta para evitar um cenário de colapso.
Encerramento de urgências hospitalares agrava crise
A instabilidade nas unidades hospitalares da região é reflexo de uma gestão que se tem mostrado incapaz de prevenir e responder a falhas sucessivas. Em especialidades como obstetrícia e pediatria, os serviços enfrentam ruturas críticas. O encerramento periódico de urgências compromete o acesso a cuidados médicos essenciais, particularmente em momentos de maior afluência, como nos meses de verão.
Falta de médicos de família potencia o colapso
Outro fator que agrava a crise na saúde pública em Setúbal é a carência de médicos de família. De acordo com José Luís Carneiro, encarregado de denunciar a situação, o número de utentes sem médico duplicou na Península de Setúbal. Este cenário compromete a eficiência do primeiro nível de cuidados e sobrecarrega os hospitais. A ausência de profissionais fragiliza ainda mais um sistema já debilitado, acentuando os problemas na obstetrícia em Portugal e penalizando diretamente milhares de famílias.
Proposta do PS para travar crise na saúde pública
O Partido Socialista avançou com uma proposta urgente para mitigar os efeitos do encerramento das urgências hospitalares. A proposta passa por criar um núcleo de coordenação entre os Ministérios da Saúde, da Administração Interna e da Defesa Nacional, articulado com a estrutura da Proteção Civil. A criação desta célula pretende garantir uma resposta mais célere, coordenada e eficaz, utilizando recursos humanos e logísticos de forma a prevenir falhas graves de assistência médica.
Plano de emergência médica para o verão
A aproximação da época estival intensifica o risco de falha dos serviços de saúde. O PS defende um plano de emergência médica específico para o verão com medidas preventivas que assegurem o funcionamento contínuo das urgências, nomeadamente nas áreas de maternidade e pediatria. José Luís Carneiro advertiu para as consequências de “mais um verão sem resposta”, frisando que a proposta deve ser encarada como prioritária.
Grávidas sem rumo nem resposta
O retrato atual das urgências obstetrícia Setúbal é o de grávidas forçadas a percorrer dezenas de quilómetros à procura de assistência, sem garantia de vagas ou disponibilidade de equipa médica especializada. O risco de partos em trânsito ou em unidades despreparadas aumenta exponencialmente, comprometendo a segurança de mães e bebés.
ULSA Setúbal no centro da polémica
A Unidade Local de Saúde da Arrábida (ULSA Setúbal), especialmente o Hospital de São Bernardo, encontra-se sobrecarregada e com dificuldades em manter os serviços operacionais. José Luís Carneiro reuniu com a administração hospitalar e alertou para a “incapacidade estrutural” da unidade em responder ao aumento das urgências. Este hospital, que devia ser pilar da resposta médica regional, está a braços com falta de recursos humanos e técnicos, agravando a perceção de insegurança entre utentes e profissionais.