Cláudia Pereira
Cláudia Pereira
04 Nov, 2025 - 10:30

A Golegã volta a trotar: a Feira Nacional do Cavalo está de regresso

Cláudia Pereira

De 7 a 16 de novembro, a Feira Nacional do Cavalo regressa à Golegã para a 49.ª edição, com provas equestres, demonstrações, gastronomia ribatejana e muita animação.

A vila da Golegã, no distrito de Santarém, prepara-se para acolher a 49.ª edição da Feira Nacional do Cavalo (FNC), entre 7 e 16 de novembro. Reconhecida como a “capital do cavalo” em Portugal desde 1571, ano em que ocorreu a primeira Feira de São Martinho naquele local. Quem vai, pode esperar cavalos, atrelagens, atividades de campo, provas de resistência, gastronomia ribatejana e festa até de madrugada.

O que não pode perder no programa

A organização revelou um programa desportivo preenchido, que continua a ser um dos pontos altos da feira. As atenções viram-se para as provas de Dressage, agendadas para 11 e 12 de novembro, divididas entre o Hippos Golegã e o Arneiro da Feira. Nos primeiros dias, logo pelas 8 horas da manhã, arranca o Concurso Nacional Especial de Saltos de Obstáculos, para quem gosta de ver técnica, elegância e alguma adrenalina.

No primeiro sábado, entra em cena o Endurance, com percursos de 40, 80 e 100 quilómetros que atravessam paisagens do Ribatejo e testam a resistência cavalo-cavaleiro. Já a Atrelagem tem lugar entre 7 e 9 de novembro, com Prova de Ensino, Maratona e Cones, uma das disciplinas mais completas e desafiantes do programa.

No dia 13 de novembro, o destaque passa para o Concurso de Apresentação de Cavalos Lusitanos, um dos momentos mais emblemáticos e emocionais da feira, dedicado à raça que é, para muitos, um verdadeiro símbolo nacional.

Para quem prefere um passeio mais descontraído, há também exposições, demonstrações abertas e várias atividades paralelas que incluem ténis, iniciativas culturais e apresentações temáticas. Há espaço para todos os ritmos — do trote ao passo calmo.

Entre provas e petiscos: o que há para comer e beber

A experiência não se fica pelos cavalos. No largo principal estão alguns dos nomes mais conhecidos da cozinha ribatejana: o Solar Ribatejano, o Lusitanos e o Rédea Curta, onde se celebra o sabor regional sem complicações.

Para quem prefere algo mais rápido, há as inevitáveis roulotes que perfumam o ar com farturas acabadas de fritar, o clássico prego do Bruno e castanhas a estalar. Convém levar casaco (e talvez uma manta): quando o sol se esconde, a feira muda de ritmo e o frio pede um copo de vinho quente, uma ginja de Óbidos ou aquele abafado que aquece o espírito nos bares Coparias e Cabriolas. Pode dizer-se que a noite tem o seu próprio trote.

Dicas práticas para aproveitar ao máximo

Antes de ir, vale a pena pensar na logística. A Câmara Municipal da Golegã disponibiliza cerca de 32 parques privados, incluindo áreas específicas para atrelados e expositores, por isso convém decidir onde estacionar logo à partida.

As provas desportivas começam cedo, algumas ainda antes do pequeno-almoço. Quem quiser um bom lugar para ver ou fotografar deve chegar por volta das 7 ou 8 horas. O mapa da feira está disponível online.

O recinto é amplo e o piso pode ser irregular, por isso o calçado confortável é essencial. Saltos altos só para admirar, não para percorrer quilómetros.

Para quem leva cavalos, há um detalhe importante: as matrículas e credenciais devem ser tratadas a partir de 3 de novembro. Uma espreitadela ao mapa da feira também poupa voltas desnecessárias.

Vai visitar este ano? A Golegã agradece o trote.

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