Uma vez que a ADSE, que no fundo é um subsistema de saúde dos trabalhadores do Estado, tem rejeitado facturas apresentadas pelas farmácias, estas também se recusam a adiantar a comparticipação de medicamentos aos respectivos beneficiários.
Segundo o Ministério das Finanças, as farmácias a 1 de Setembro foram alertadas que só deviam emitir facturação para medicamentos prescritos a utentes atendidos no privado, sendo que a restante seria remetida para o Ministério da Saúde, como despesa do SNS.
Desta forma, as farmácias teriam que separar as facturas, encaminhando para o SNS – Serviço Nacional de Saúde – aquelas que lhes dissessem respeito.
O mesmo Ministério afirma que uma vez que as novas regras de facturação não foram cumpridas, desde Setembro tem-se recusado a pagar as facturas.
De acordo com declarações de uma fonte da AFP – Associação de Farmácias de Portugal -, uma das associações portuguesas representativa dos proprietários de farmácias, a ADSE não negociou qualquer tipo de acordo, tomando esta decisão unilateralmente, além do Ministério da Saúde não se ter pronunciado relativamente a estas mudanças.
Tanto a AFP como a Associação Nacional de Farmácias já comunicaram aos seus associados que, se o problema de recusa de recepção da facturação por parte da ADSE se prolongar para lá de 11 de Novembro, os beneficiários terão de pagar integralmente nas farmácias o preço dos medicamentos.
Existem farmácias que já não têm capacidade para suportar esta situação de dispensar medicamentos a crédito, já outras vão continuar a adiantar a comparticipação até 11 de Novembro, que será a data limite para inverter e esclarecer esta situação.