ARCOlisboa 2025: Lisboa transforma-se no centro da arte contemporânea

De 29 de maio a 1 de junho, Lisboa recebe a oitava edição da ARCOlisboa. Organizada pela IFEMA MADRID e pela Câmara Municipal de Lisboa, a Feira reafirma o seu compromisso com a arte contemporânea e com a cidade que a acolhe.

A Cordoaria Nacional volta a ser o epicentro desta celebração artística. Colecionadores, galeristas, artistas e profissionais do mundo inteiro convergem para Lisboa, tornando-a, mais uma vez, num dos centros culturais mais dinâmicos da Europa.

Três núcleos, múltiplos olhares

A edição de 2025 reúne 83 galerias de 17 países. A presença portuguesa representa 36% do total, com 30 galerias. O segmento internacional soma 53 galerias, maioritariamente europeias, com Espanha, Alemanha e Itália em destaque. O Brasil também marca presença.

A Feira divide-se em três núcleos:

• Programa Geral – reúne 61 galerias escolhidas pelo Comité Organizador. Entre os estreantes, estão a Travesía Cuatro e a Duarte Sequeira. Galerias como Vermelho e Rosa Santos regressam após uma pausa. Algumas, como a Bianca Boeckel, transitam da secção Opening para o núcleo principal. Nomes já habituais, como Bruno Múrias e Pedro Cera, mantêm-se.
• Projetos SOLO – oferecem uma imersão nas obras de artistas como Karlo Andrei Ibarra, Amélie Esterházy, Diogo Pimentão e Justin Weiler.
• Opening Lisboa -destaca novos espaços e abordagens. Com curadoria de Sofía Lanusse e Diogo Pinto, conta com 18 galerias, como a 4710 Gallery e Beta Contemporary. Várias participam pela primeira vez, como a ADZ gallery e a Contemporary Cluster. O espaço é desenhado pelo atelier português Feeders.
• As Formas do Oceano – secção comissariada por Paula Nascimento e Igor Simões. Foca as relações entre África, a diáspora e outras geografias. Participam galerias como African Arty (Marrocos) e Karla Osorio (Brasil).
  
  Nos dias 30 e 31 de maio, a entrada é gratuita a partir das 15h00 para jovens até aos 25 anos. Uma medida que visa envolver novos públicos e democratizar o acesso à arte.

ArtsLibris e pensamento crítico

O Torreão Nascente acolhe a ArtsLibris, com 30 expositores e entrada livre. Além de publicações, o espaço recebe o Speakers Corner, com debates e apresentações editoriais. A Millennium Art Talks, organizada pela EGEAC e comissariada por Filipa Oliveira, continua a promover a reflexão sobre a arte contemporânea.

Apoio ao colecionismo e prémios

Mais de 150 convidados internacionais — entre colecionadores, comissários e diretores — são esperados, integrando o programa de compradores da Feira.

Diversas empresas associam-se à ARCOlisboa através de prémios, como:

• Prémio Fundação Millennium bcp para o Melhor Stand
• Prémio Opening Lisboa
• Prémio de Aquisição Coleção Studiolo
• Prémio de Aquisição MACAM

Lisboa em modo efervescente

A cidade respira arte. Em articulação com museus e galerias, a semana da ARCOlisboa inclui visitas a coleções privadas, inaugurações e estreias de espaços como o Museu de Arte Contemporânea Armando Martins (MACAM) e a reabertura do CAM Gulbenkian.

Instituições como o MAAT, o Museu do Chiado e o Museu Coleção Berardo integram este roteiro vibrante, consolidando Lisboa como destino incontornável para os amantes da arte.