Cada vez mais clientes desistem dos seus contratos com os ginásios, quer as grandes cadeias, quer os ginásios mais pequenos.
De acordo com José Luís Costa, presidente da Associação de Ginásios de Portugal, o aumento do IVA fez com que 60 mil clientes desistissem de frequentar ginásios, entre Fevereiro de 2010 e Fevereiro deste ano.
Na altura da discussão do Orçamento do Estado, a Associação previa que a alteração no IVA provocasse um impacto de 15%, mas a estimativa está a aumentar para os 20% a 25% de quebras.
Aliado ao problema do IVA vem a concorrência, mais notória no interior, uma vez que não existem clientes que justifiquem o investimento privado, além disso é quase impossivel fazê-lo pois os privados não têm preços para concorrer com operadores públicos e associativos.
A concorrência é de facto um problema, mesmo em grandes cidades como Porto e Lisboa, onde empresas municipalizadas ou de cultura e recreio afirmam que estão isentas do IVA.
Com o aumento das despesas e a diminuição nas receitas, muitos ginásios estão a viver uma situação perigosa que inclui incumprimento no pagamento aos seus colaboradores, encerramentos e cortes aos pessoal.
Existem até já alguns clubes, inclusivamente alguns conceituados da zona do Porto e Lisboa, que tentam vender as unidades, pois as entradas nos ginásios são bem inferiores às saídas.
O sector está a atravessar uma fase muito complicada, que pode ameaçar postos de trabalho de recém licenciados em Educação Física, que na sua maioria têm colocação em academias de fitness.
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