O Presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Fernando Faria de Oliveira, disse esta semana que os bancos portugueses podem não precisar de mais dinheiros públicos. No entanto, isto só irá acontecer, caso não se registem degradações da economia.
Os bancos têm sido alvo, ao longo dos tempos, de sucessivas questões relativas a grandes incumprimentos de crédito, falências pessoais e falências de empresas que fazem com que o incumprimento dos créditos seja cada vez mais notório. Com a falta de dinheiro, os bancos foram obrigados a recorrer a dinheiros públicos para assegurar a sua manutenção.
Esta notícia, traz alguma esperança ao sector bancário e ao próprio estado que em muito beneficiaria caso não fosse preciso continuar a financiar os bancos de forma contínua.
As avaliações
O BCE anunciou que vai começar a fazer várias avaliações a 130 bancos dos 18 Estados-membros já em Novembro. Entre estes bancos, estão quatro bancos portugueses – BPI, BCP, CGD e Grupo Espírito Santo (que detém o BES), cobrindo cerca de 85% dos activos do sistema bancário da zona euro.
A avaliação do BCE ao sistema bancário europeu será composta por três fases: uma análise à qualidade do balanço dos activos dos bancos, uma avaliação dos principais riscos que se colocam a cada entidade (seja de liquidez, alavancagem ou financiamento) e testes.
Acredita-se que os bancos não devem chumbar na avaliação do BCE, mas é possível que seja necessário um aumento das provisões.
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