Para a oposição, o Governo está a adoptar uma atitude que não vai de encontro com o papel que deve ser desempenhado pelo Estado – o da protecção social.
A Oposição acusa o Governo de institucionalizar a pobreza e trabalhar na “lógica da caridade”, tendo em conta as últimas noticias que divulgam os descontos nos transportes e na energia, ironizando que por este andar, pouco tempo faltará para o Governo apresentar o cartão único do pobre.
Além do partido socialista, também o partido comunista acusa o governo de manter as pessoas na pobreza, com a sua visão assistencialista.
O ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, rebate as acusações com as propostas efectuadas, como a criação de uma linha de micro-crédito para a formação do próprio emprego, a formação para a inclusão e a integração de maiores de 45 anos em instituições sociais.
Quanto à visão de assistencialismo, o ministro refere que se assim fosse não teria apresentado medidas para a formação e capacitação, e antes mantia as pessoas com prestações sociais.
Recorde-se que o Ministério da Segurança Social é o segundo ministério que mais vai contribuir para a redução dos dirigentes na administração pública, contribuindo, portanto, para a redução das despesas e para o alcance de uma poupança significativa.