No início do corrente ano, o Estado introduziu algumas alterações para a subscrição de novas séries de certificados de aforro, que vieram mudar não só a remuneração deste tipo de poupança como também as condições de manutenção.
O governo começou a oferecer taxas de juro mais baixas e uma maturidade de apenas 10 anos, transformando o principal instrumento de poupança preferido pelos portugueses num produto que, para os especialistas, tem morte anunciada. Ano após ano vem-se verificando uma fuga a este produto. Desde o início de 2008 e fim de 2009, o montante aplicado caiu cerca de 1,18 mil milhões de euros em termos líquidos. O presidente dos CTT, empresa do Estado que negoceia estes produtos de poupança, confirmou uma redução, em 2008, na ordem dos 30 a 40 por cento nas receitas das comissões de comercialização deste instrumento financeiro. Esta situação levou mesmo os correios nacionais a diversificar a oferta de produtos de poupança.
Ainda assim, Estanislau Costa argumenta tratar-se de produtos de poupança transparentes, apesar da remuneração líquida inferior à taxa de inflação esperada.