Uma das medidas do Ministério da Saúde para reduzir a despesa no SNS – Serviço Nacional de Saúde – vai ser deixar de comparticipar a venda de 16 medicamentos sem receita médica.
Concretamente os medicamentos abrangidos serão supositórios, pomadas, paracetamol (para sintomas gripais), antiácidos (para acidez no estômago) e anti-virais.
Em Portugal, medicamentos com paracetamol, vendidos sem receita médica são campeões de venda, tendo sido em Outubro a substância mais vendida e representando assim 12% do total das unidades vendidas, segundo indicações do Infarmed.
Outras medidas do Estado neste sector, com vista a poupar 250 milhões de euros, são a comparticipação apenas das receitas prescritas por via eletrónica e a disciplina do consumo de medicamentos em ambulatório hospitalar através da cobrança de um valor no caso de má utilização dos fármacos.
A estas juntam-se medidas já faladas, como o aumento das taxas moderadoras, aplicáveis agora também aos desempregados, que até agora estavam isentos; além do fim do pagamento do transporte para doentes não urgentes com rendimentos superiores ao salário mínimo nacional.
É o fim da comparticipação de 37% e o aumento da despesa dos contribuintes portugueses com medicamentos.