O grande medo é que os bancos sejam obrigados a despedir pessoal de forma a fazerem face às prestações que aí vêm.
De acordo com declarações de Delmiro Carreira, presidente do Sindicato dos Bancários do sul e Ilhas (SBSI), prestes a terminar a sua presidência de 14 anos, “a situação actual do país é complicadíssima, não sei se quatro ou cinco anos chegam para a resolver. Vai obrigar a grandes restrições, só espero que sejam feitas com maior consciência social”.
É curioso como antes, os bancos eram contra a entrada da ajuda externa em Portugal pois acreditava-se que tal iria contribuir para a fuga de recursos de Portugal, no entanto, entretanto houve uma radical mudança de opinião e os bancos agora afirmam ter dificuldades e que a ajuda externa é indispensável.
Mas afinal, qual a relação entre as dificuldades dos bancos e o financiamento do Estado?
Segundo Delmiro Carreira, alterou-se a “notação atribuída aos bancos portugueses”, no entanto, a verdade é que certamente os bancos enfrentam dificuldades no pagamento das suas obrigações.
O receio deste presidente é que essa dificuldade em pagar as prestações se reflicta no desemprego de colaboradores e defende que os trabalhadores devem estar sempre unidos de forma a ultrapassar os obstáculos que se coloquem entretanto, defendendo o importante papel dos sindicatos na luta pelos direitos dos trabalhadores.
O presidente mostra-se satisfeito com o trabalho realizado ao longo destes últimos 14 anos pois foram repletos de conquistas e considera o saldo positivo, já que conseguiu que o número de mulheres na banca aumentasse; os bancários passaram a ter acesso ao Serviço Nacional de Saúde, além de terem sido integrados no sistema da Segurança Social, entre outras alterações de sucesso.
12 Abr, 2011 - 00:00
12 Abr, 2011
De acordo com presidente do sindicato dos bancários a ajuda externa pode implicar despedimentos na banca, já que os bancos receiam não conseguirem pagar prestações de Junho e Julho.