O aviso chega-nos da APED – Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição que afirma categoricamente que é impossivel que esta mudança de escalão no IVA não se reflicta nos preços finais.
Estes aumentos nas taxas do IVA, além dos produtos que irão passar a estar sujeitos à taxa normal e que anteriormente eram sujeitos às taxas reduzida e intermédia, vai com toda a certeza inflacionar os preços. Além disso, o mais certo é que se alterem os hábitos de consumo.
Segundo cálculos da Associação acima referida, estas mudanças de escalão do IVA vão representar à volta de 120 milhões de euros de receita acrescida.
A APED afirma também que sujeitar produtos de primeira necessidade a uma taxa de IVA de 23% é um “erro estratégico” e uma “solução apressada”, que “recai sobre os produtos consumidos pelos portugueses dos escalões mais baixos, em termos de rendimento e de poder de compra, e que afastará, ainda mais, Portugal de Espanha, em termos de competitividade”.
Segundo a associação “este aumento terá um impacto muito significativo, tanto quantitativo como qualitativo, nos padrões de consumo das famílias e, consequentemente, na actividade económica das empresas de distribuição e seus fornecedores, num momento que a economia do país atravessa momentos difíceis”. “Estas alterações potenciam a ocorrência de profundas mutações no consumo dos portugueses, e, consequentemente, no tecido produtivo nacional, sem que tal contribua para a concretização dos objectivos anti-deficit definidos pelo Governo”.
Apesar do constante esforço da Distribuição para reduzir ao máximo o impacto negativo dos sucessivos aumentos na carteira dos clientes, o certo é que agora o consumidor está por si, vai ter que suportar sozinho as mudanças de escalão.